Conviver num mesmo espaço é um treino para as crianças aprenderem a dividir, respeitar e colaborar. Mas decorar um quarto para irmãos, ou mesmo adaptar o ambiente para a chegada do segundo filho, pode ser uma tarefa desafiadora.
Conseguir acomodar duas camas em um layout funcional, escolher as cores e conciliar os gostos das crianças são alguns dos dilemas que os pais encontram. Com a proximidade do Dia das Crianças, celebrado no próximo dia 12 de outubro, os arquitetos Karina Korn, Renato Andrade e Erika Mello dão dicas para que os pequenos convivam em um quartinho com a cara deles.
Além de acomodar as duas camas da maneira mais confortável possível, pensar na disposição dos móveis no quarto também é importante para reservar um cantinho de brincar e de estudar. Isso vale tanto para uma beliche, uma bicama ou camas separadas. No último caso, costumo posicionar as camas formando um L para deixar o centro mais vazio. Esse espaço livre é perfeito para as brincadeiras, conta a arquiteta Karina Korn.
Em quartos pequenos, que muitas vezes têm uma forma estreita, a ideia é aproveitar o espaço vertical. Nesse tipo de quarto, vale usar uma beliche ou uma cama alta, que é como uma beliche apenas com o colchão de cima, permitindo acomodar uma escrivaninha ou mesmo a brinquedoteca embaixo, sugere o arquiteto Renato Andrade. Móveis multiuso, como um trocador que vira escrivaninha com o passar do tempo, também ajudam a otimizar o espaço.
No momento de escolher as cores do quarto e os objetos de decoração, é importante ouvir as crianças. Acho valioso consultar os pequenos moradores quanto às suas vontades e necessidades. O quarto precisa ficar com a carinha deles também, aconselha Karina. Nessa entrevista com os filhos, a arquiteta sugere que os pais proponham uma linha imaginária no quarto, para que um não invada o espaço do outro.
A arquiteta Erika Mello reforça que as escolhas para o décor devem agradar todos que ali dormem e respeitar a individualidade das crianças. É possível que cada um deles tenha o seu lado personalizado, com a cabeceira diferente ou o nome no canto que pertence a cada um, por exemplo, mas sempre trabalhando a personalidade de ambos.
Quando as faixas etárias são diferentes, a dica é usar uma cor mais neutra, para que o quarto fique atemporal e agradável para ambos. Uma base neutra também permite abusar dos enfeites e itens pessoais sem medo, explica Karina.
Para quem está começando a família e logo pretende aumentá-la, vale montar o quartinho já reservando um espaço para o berço ou uma segunda cama. O primeiro passo é deixar o quarto receptivo para o segundo filho, com uma cama a mais ou um espaço para brincar que pode ser trabalhado no futuro, orienta Renato. Mas é muito valioso respeitar a diferença de idade entre as duas crianças. Se uma tem idade um pouquinho mais avançada, não é legal voltar o quarto para a etapa de bebê, continua o arquiteto.
Nesse caso, além de seguir a ideia de setorizar o lado de cada um, os pais também podem investir em móveis que acompanhem o crescimento do bebê, como um berço que se transforme em cama no futuro.
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