José Daher é um dos principais arquitetos do Espírito Santo. E o gosto pela profissão parece ter surgido ainda criança quando, na praia de Conceição da Barra, fazia castelos de areia. E no quintal de casa, em São Mateus, criava maquetes de cidades. Me lembro de meu pai falando de Brasília e de Juscelino Kubitschek de quem ele gostava muito, recorda.
A morte do pai o marcou muito. Minha adolescência foi triste porque o perdi quando tinha 12 anos. Tudo mudou depois que fui para Belo Horizonte terminar o segundo grau e fazer o pré-vestibular. Mas só enxerguei luz no final do túnel quando me vi estudante de arquitetura, conta. Fez estágios, leu muito sobre a profissão, participou de concurso internacional para estudantes e foi selecionado pela prefeitura de Curitiba para um estágio oferecido a jovens arquitetos.
Celebrando 40 anos de carreira, ele lembra que começou trabalhando em casa até abrir o escritório em sala alugada onde permaneceu por 21 anos. Desde 2011 comanda o escritório Vão Livre Arquitetura e Urbanismo. Eu gosto de criar espaços funcionais e belos que emoldurem e revelem vidas vividas e os sonhos a serem vividos, diz sobre seus projetos. Paizão de três filhos, é fiel, vigilante, protetor e amoroso. Também é um avô coruja e muito carinhoso. Os meus netos são troféus que a vida me concedeu pela luta para criar, educar e instruir os meus filhos, diz ele que adora ficar em silêncio se inspirando para novos projetos.
O desenho de lírios que fiz em outubro de 1979. Desenhei no jardim da faculdade para presentear minha esposa Ângela no nosso noivado.
O troféu que recebi do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES), em dezembro do ano passado, reconhecendo a importância da minha contribuição para a arquitetura do Estado. Fiquei muito honrado com a homenagem.
É representada pela foto da minha família reunida no último Natal. Ela é a minha base e o meu Norte.
O troféu que meu pai recebeu, de mãos dadas comigo, quando eu tinha 10 anos. O boi da fazenda dele tirou o primeiro lugar na exposição.
O prendedor de papel que meu pai usava para se lembrar de tudo que era importante. Recentemente eu o coloquei em uma caixinha de acrílico transparente.
A aquarela de Wagner Veiga feita a meu pedido a partir de foto Gabriel Lordello. É a mão do rei do Ticumbi, uma paixão do meu pai, que era devoto de São Benedito.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta