Com dificuldade de encontrar as máscaras descartáveis no mercado, a aposentada Gilka Lopes Pinto, de 67 anos, moradora da Praia da Costa, decidiu confeccionar o produto para ela e outras pessoas se protegerem do coronavírus. "Com a dificuldade de achar as máscaras descartáveis para comprar, veio a ideia de fazer para os familiares para que não corressem risco. Tenho certa habilidade com costura e artesanatos e olhando no Youtube vi diversos modelos e maneiras de fazer", conta.
Ela produz cerca de 25 máscaras diariamente. As primeiras foram feitas de TNT. "Tinha alguns pedaços do material em casa e aproveitei. Fiz para os familiares e amigos que precisavam", relata. O sucesso foi tanto que ela começou a produzir máscaras de pano pra vender. Mas sem o intuito de lucrar. "Neste momento precisamos de nos ajudar. Tinha alguns pedaços de tecido de algodão 100% em casa e comecei a fazer. Essas eu doei. Agora um armarinho tem entregue os materiais que preciso na portaria e estou podendo atender os pedidos. Como precisamos de solidariedade decidi cobrar só o custo dos materiais". Cada máscara é vendida a R$ 5.
Gilka conta que o trabalho é uma forma de se ocupar. "Quando me aposentei pensei em trabalho voluntário, ainda não havia acontecido, e fico feliz que chegou a hora de ajudar. Tenho minhas atividades normais de dona de casa e o tempo que sobra faço as máscaras. Meu marido me ajuda muito nas tarefas e juntos passamos o tempo de confinamento nos ajudando e ajudando o próximo". Para ela, esse é um momento de resguardo. "Espero que as pessoas sigam as orientações do Ministério da Saúde e que mantenham as práticas de higiene presentes por onde for. Só dessa forma vamos conseguir vencer o vírus".
Com a pandemia do Covid-19, o Ministério da Saúde orientou a população a utilizar o pano, em vez do acessório descartável, para evitar que farmácias e outros estabelecimentos de comércio hospitalar fiquem sem estoque para vender a quem, de fato, estiver doente e obrigatoriamente precise utilizá-las.
As pessoas que estiverem com sintomas iniciais, sem a confirmação da doença, podem confeccionar suas próprias máscaras para evitar o possível contágio. Vale lembrar que, mesmo com a máscara, é necessário lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou higienização com álcool em gel.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta