Nunca havia pisado em um navio, muito menos feito um cruzeiro. A experiência mais próxima disso, pra mim, foi assistir ao Titanic pela TV, o que, tirando todo o romantismo, não acaba muito bem, né? Embarquei no Rio de Janeiro em um cruzeiro de luxo - que havia saído da Europa havia 14 dias - para uma viagem com um grupo de jornalistas de apenas um dia, até Santos. Foi rápido, mas já adianto: Que viagem, meus amigos!
Sou de Colatina, mais especificamente, de São Sebastião de Terra Alta. É um lugar pequeno, onde o sonho de muitos jovens é estudar na cidade, conhecer outros lugares, descobrir o mundo. Quando entrei no navio e percebi que meu quarto era na primeira classe, com frutas, champanhe e mordomias me vi realizando um sonho de criança do interior. Tudo era all inclusive, ou seja, qualquer coisa que eu quisesse, qualquer coisa mesmo - bebida, comida, massagem -, estava inclusa no meu pacote ostentação.
A gente se sente um rei lá dentro. Na suíte - única e exclusivamente pra minha pessoa - preciso dizer que tinha um mordomo só pra mim. Precisava desfazer a mala, ele desfazia! Precisava marcar uma massagem, ele marcava! Café da manhã no quarto? Ele trazia também. Banheira, roupão... Tinha tudo! E claro que ostentei!
Um dia foi pouco pra aproveitar tudo: piscina, ofurô, sauna, as baladas que duram enquanto tiver gente na pista. Pra você ter uma ideia, o navio tinha 19 andares, cerca de 62 metros de altura, 330 metros de comprimento, uma escada de swarovski e mais de 4 mil passageiros. Ah, fui surpreendido também com a quantidade de línguas faladas num navio: sete. A maioria, nesse caso, não era inglês, mas italiano. Uma junção de nacionalidades, sem precisar visitar nenhum desses países. Pensa! Pra quem nunca pisou num navio e saiu da roça... Venci na vida! E se me permitem a sugestão: se deem esse presente algum dia! Eu me darei novamente!
*O repórter viajou a convite da MSC Cruzeiros
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