Você já deve ter escutado a expressão urban jungle. A tendência consiste em encher a casa ou apartamento com plantas de todos os tipos, compensando a falta do verde no caos urbano das metrópoles. Essa moda virou febre, mas o problema é que nem sempre a localização da residência conta com a luz solar ideal. E aí, o que fazer?
O designer floral Marcelo Ceciliano, da Ananás Natureza, explica que o maior desafio de ter plantas em apartamento é o ambiente não ter a incidência de luz solar adequada. "O ideal é optar por modelos que não precisem de luz solar direta e de poucos cuidados. As chamadas plantas de sombra ou meia-sombra são ideais para os cantos mais afastados das janelas como ao lado do sofá, quinas, corredores, banheiros ou áreas de serviço. Porém pouca luz não significa luz nenhuma. As plantas precisam do calor e da claridade solar e também de adubação para ficarem bonitas e fortes, afinal esses são seus alimentos".
O profissional explica que na hora de escolher essas plantas é importante pensar em como elas vivem na natureza. "As orquídeas, por exemplo, vivem em troncos de árvores, por isso estão acostumadas à luz indireta".
Ramon Cossuol, que é jardinista e consultor paisagístico, conta que as plantas produzem seu próprio alimento através da fotossíntese. Elas utilizam água, sais minerais e luz para produzir a energia necessária para sua sobrevivência. Por isso, sem luz, esse processo não acontece e a planta morre. "A partir disso sabemos que não há a possibilidade de ter plantas saudáveis em ambientes escuros. Mas existem algumas espécies que se adaptaram a sobreviver em ambientes com menos incidência de luminosidade. Uma dica é calcular uma distância de no máximo 4 metros de uma entrada de luz natural, como uma janela ou porta. Quanto mais próximo da incidência de luz, melhor", diz.
O jardinista explica que as plantas de folhagens maiores e tons verde mais escuro são as que têm maior capacidade de captar luminosidade e se adaptam melhor a ambientes menos iluminados. "Existem plantas que necessitam de rega todos os dias e outras que precisam ser regadas a cada 15 dias, por exemplo. É preciso se informar sobre a necessidade de cada uma e escolher a que mais se encaixa em sua rotina".
São inúmeras as espécies que podem ficar dentro do ambiente com pouca luz, como bambu da sorte, lírio-da-paz, antúrio, orquídea, jiboia, violeta, palmeira rafia, aglaonemas, zamioculcas, entre outras.
Marcelo explica que também é necessário fazer o rodízio das espécies no espaço até encontrar o lugar que ela se adapte melhor. "Muitas vezes colocamos a planta em locais por uma escolha estética, mas não necessariamente aquele é o melhor lugar para ela. Trocar a plantinha de lugar pode fazer você descobrir um local onde ela se desenvolve melhor. As flores, de forma geral, gostam de sol. Em época de floração é indicado colocá-las num local mais iluminado, mas lembrando sempre de conhecer as particularidades de cada espécie", finaliza.
Linda, de folhagens volumosas e brilhantes, vive bem em ambientes com menos incidência de luz, exige pouca rega, cerca de 2 a 3 vezes por mês.
Pode ser cultivado em substrato ou água, tem um efeito ornamental, se plantado deve ser regado sempre que o substrato (local onde a planta é cultivada) secar. Se cultivado em água, deve-se trocar a água do recipiente 1 vez por semana para evitar proliferação de mosquitos.
Tem folhagens lindas, produz flores brancas e ajuda a melhorar a qualidade do ar. É uma planta que ama água e deve ser regada sempre que o substrato estiver seco, mantendo sempre úmido.
Folhagem elegante e ornamental, de fácil cultivo, faz reserva de água e suporta bem um período de viagem sem rega. Deve-se esperar o substrato secar para regar novamente.
Para os apaixonados por flores é uma ótima escolha. Uma das poucas plantas de sombra que possuem flores coloridas, que são ornamentais e duráveis. Além de ser uma planta de fácil cultivo, deve ser regada sempre que o substrato secar, mantendo umidade.
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