O surgimento de manchas na pele é muito comum, seja resultado de muito sol, marcas de acne e até melasmas, essas manchinhas geram um incômodo em quem as hospeda. A boa notícia é que o ácido tranexâmico pode ajudar a resolver esses problemas. Apesar de ser uma novidade no universo do skincare, o ativo é um velho conhecido dos consultórios de dermatologia.
O ácido tranexâmico tem sido aplicado na dermatologia com a finalidade de clareamento da pele com grande sucesso. Presente em diversas modalidades, inclusive em dermocosméticos, de forma segura e com resultados visíveis e eficazes, eles atuam em mais de uma causa da mancha, diz a dermatologista Patrícia Friço.
A profissional explica que o ativo é usado nos tratamentos de manchas na pele, principalmente, de maneira injetável, através de comprimidos e de dermocosméticos. O ácido tranexâmico atua de forma diferenciada dos demais, ele age na via inflamatória, inibindo o estímulo pigmentar proveniente da inflamação e, mais recentemente, descobriu-se que ele também atua sobre a vascularização muito ligada às lesões do melasma, pontua.
O ácido também é indicado para tratar de alguns casos de olheiras, como as mistas - causadas pela vascularização e pigmentação da pele, acrescenta
Dependendo do caso, o tratamento também pode ser realizado através da medicação de uso oral, que possui ação anti-inflamatória, ou de dermocosméticos que, assim como a versão injetável, mostram-se eficientes e já vêm sendo utilizados por muitos dermatologistas. O uso oral ou intradérmico não deve, de forma alguma, ser realizado sem acompanhamento médico. No caso do uso de produtos aplicados sobre a pele, é importante ressaltar a necessidade de combinar com o uso do filtro solar com FPS alto, cor e amplo espectro pela manhã. Desta forma, conseguimos um resultado ainda melhor, orienta a médica.
Segundo Patrícia, muitas vezes, para ter um resultado ainda melhor é indicada a terapia conjunta que combina o procedimento clínico ao uso do produto em casa. Para essa combinação, sugere-se um produto com base sérum, suave, de rápida absorção, e que contenha uma composição com outros ativos calmantes e suavizantes, como a niacinamida por exemplo, que ajuda a reduzir irritações e manchas, destaca ela.
No caso de adesão dos produtos que contenham o ativo, a dermatologista aconselha a procura por fórmulas que combinam o ácido tranexâmico com o ácido kójico que inibe a tirosinase, por exemplo. Essa combinação promove uma atuação completa sobre o processo de formação da mancha e uma resolução mais rápida e eficiente do quadro, acrescenta a dermato.
Por se tratar de pigmentação, algumas dúvidas surgem em quem tem pele negra, já que a produção e concentração de melanina é maior, mas a também dermatologista Ana Flávia Moll garante que não há riscos. O ácido tranexâmico pode ser utilizado em qualquer tipo de pele, inclusive na pele negra com segurança, afirma.
Ele não causa sensação de ardência, descamação ou vermelhidão, o que torna o tratamento ainda mais seguro. Principalmente no tratamento dos melasmas, no qual é importante que não haja essa irritação na pele, explica Ana Flávia.
O tratamento pode ser realizado em qualquer época do ano, inclusive no verão. A dermatologista salienta apenas que o uso dermatológico não é recomendado durante a gestação.
Uma das vantagens do ativo é que seu uso não exige uma grande preparação prévia. Ana Flávia explica que antes do procedimento, é recomendado apenas o uso de sabonetes específicos e, nas clínicas, é realizado o chamado drug delivery.
É realizado laser e microagulhamento, como uma porta de entrada na pele. São feitos pequenos ferimentos na pele, para que, em seguida, seja feita a aplicação do ácido tranexâmico, porque desta forma ele consegue penetrar melhor na cútis, finaliza.
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