Pegando carona nos movimentos antirracistas Black Tuesday e Black Lives Matter, nomes conhecidos do mercado da moda viram suas redes sociais serem tomadas por contestações de modelos, alegando que suas condutas reais eram bastante diferentes da posição que adotavam nas mídias sociais. Nomes como Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho foram alvo nas redes, e receberam enxurrada de mensagens de protesto.
Desde então, modelos brasileiras como Cindy Reis tem unido forças com outras profissionais, em busca por igualdade e respeito. Natural de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. Cindy, de 20 anos, lidera o grupo Pretos na Moda ao lado de mais três modelos onde, além de combaterem o racismo estrutural, visam contestar a padronização de biotipos no mercado e dar espaço real para a diversidade.
A necessidade e a vontade de que houvesse alguma iniciativa desse tipo sempre existiu, mas foi agora que tudo veio à tona. Vi minhas amigas de profissão relatando experiências semelhantes que tinham vivido, começamos a conversar e decidimos nos unir e lutar juntas, diz
Os relatos de profissionais que viveram algo semelhante podem ser compartilhados nas redes sociais através da hashtag #pretosnamodabr. A modelo, que tem em seu currículo trabalhos na Europa e desfiles na São Paulo Fashion Week, pretende promover o debate de forma construtiva e solidificar mudanças tão necessárias.
O intuito é tornar públicas informações e vivências reais, pra que todos possam entender o quão problemático, cruel e enraizado pode ser o racismo. Levantar este debate é uma forma de evoluirmos neste caminho, para podermos conquistar uma participação mais efetiva em toda a indústria. Com esse movimento, esperamos que inclusão, reconhecimento e valorização aconteçam verdadeiramente, finaliza Cindy.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta