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Pele, cabelo e lábios ressecados? Saiba por que ocorre e como tratar

Pele, cabelo e lábios ressecados? Saiba por que ocorre e como tratar

Durante as estações mais frias, é comum que a pele sofra um pouco mais com vermelhidão, ressecamento e até descamação. A falta de hidratação pode causar um incômodo grande

Publicado em 24 de maio de 2021 às 16:37

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Mulher hidratando a pele
A solução para o ressecamento da pele está na hidratação. (Freepik)

É necessário ter cuidado com a pele na temporada de outono e inverno. Nesse período, a pele produz menos oleosidade natural, devido à falta de luz e calor do período, então é comum o ressecamento e a sensação de incômodo na pele do rosto, que é a mais exposta ao vento e a poluição.

"Durante o inverno, a pele fica mais ressecada devido à diminuição da transpiração causada pela queda da umidade do ar, além da diminuição da temperatura e dos banhos mais quentes, o que causa desestruturação da camada protetora da pele. Também temos a tendência de beber menos água, consumirmos alimentos mais gordurosos e, algumas vezes, usarmos produtos inadequados, que podem agravar os efeitos”, explica Roberta Padovan, médica pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética.

O clima seco também pode propiciar o aparecimento de muitas dermatites e alergias. Se esse ressecamento for constante, anual, a pele pode ficar mais suscetível ao aparecimento de rugas finas, vermelhidão, coceira, descamação e rachadura de leve a graves. “A pele fica com aspecto endurecido, sem viço. Ela perde a barreira de proteção, ficando mais vulnerável a infecções”, explica a médica.

CABELO E LÁBIOS

Essa desidratação da pele também reflete no cabelo. “No inverno, devido a banhos mais quentes, uso de aquecedor, menor transpiração e menor ingestão de água, há desidratação da pele da região, o que causa ou piora a dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa”, explica Daniel Cassiano, que é dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Cabelos ressecados
 No inverno, devido a banhos mais quentes, os fios podem ficar ressecados. (Manu Reyes/ Freepik)

No caso dos lábios, o tecido que forma essa região é extremamente delicado, o que favorece o aparecimento de ressecamento e envelhecimento precoce. “Os lábios ficam expostos à mudança brusca de temperatura, água quente, ar-condicionado, contato com o vento, frio e com batons ou gloss que contenham ativos sintéticos. Isso dá a sensação de secura constante, inchaço, vermelhidão e formação de crostas”, explica o dermatologista Abdo Salomão Jr., que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

HIDRATAÇÃO

A solução para esses ressecamentos está na hidratação. O ideal é buscar produtos cujos veículos sejam à base de Fosfolipídeos que formam uma segunda pele, protegendo de forma efetiva ao diminuir a perda de água por evaporação. “Para os lábios ressecados, o ideal é usar hidratantes com D-Pantenol e ceramidas. No caso da caspa, xampus com cetoconazol e solução capilar com corticoide, sempre indicado pelo dermatologista”, explica Daniel Cassiano. 

Além disso, Roberta Padovan recomenda alguns cuidados, como prestar atenção no banho e maneirar na água muito quente. “Tente diminuir um pouco a temperatura ou até mesmo o tempo de banho. Isso pode atenuar os danos à pele. Optar por sabonete de ação hidratante ajuda a evitar o ressecamento. Mas os cuidados não param por aí: consuma alimentos ricos em água diariamente, como frutas ou legumes; evite a exposição ao frio e ao vento; e aplique creme hidratante, e no corpo, óleo corporal pós-banho”, indica a médica.

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Tente diminuir um pouco a temperatura ou até mesmo o tempo de banho. Isso pode atenuar os danos à pele. Optar por sabonete de ação hidratante ajuda a evitar o ressecamento

Roberta Padovan
Médica pós-graduada em Dermatologia e Medicina Estética.
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Outro cuidado necessário é o uso diário do protetor solar. “A radiação ultravioleta, também no inverno, provoca danos que comprometem a estrutura de sustentação da pele, causando o aparecimento precoce de rugas e flacidez, além das manchas como reação à fotoexposição. A orientação continua sendo a de reaplicar o fotoprotetor a cada quatro horas em ambientes fechados e cada duas horas em fotoexposição direta”, explica a farmacêutica Maria Eugênia, da Biotec Dermocosméticos.

O  farmacêutico, pesquisador e consultor em Cosmetologia Maurizio Pupo reforça: “Como a gente sabe que as pessoas não reaplicam o protetor solar no Brasil, é importante ter as 12 horas de proteção, tecnologia presente em alguns produtos. Principalmente porque não tem perda de proteção ao longo do dia”. 

CUIDADOS

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