Ter um animal de estimação em casa traz muita alegria para a família, mas é extremamente importante saber cuidar do bichinho para que essa relação seja saudável e proveitosa. Antes de adotar ou mesmo comprar um animal de estimação, é preciso ter em mente que os cuidados necessários para oferecer uma vida de qualidade aos bichos vão muito além de água, comida e um teto.
Em entrevista ao programa Club Pet, da Rádio CBN Vitória, a comentarista Tatiana Sacchi explica que acidentes domésticos são uma das principais visitas ao veterinário. “A nossa casa pode ser um parque de diversões aos pets, mas muitos tipos de acidentes também podem ser gerados lá, desde quedas, quadros de intoxicação e ingestão de objetos não adequados”, destaca.
Segundo a especialista, a causa mais comum de consultas ao veterinário e motivo de desespero para os "pais de pet" é a ingestão de objetos indevidos, sejam eles comestíveis ou não. “Os cães são sujeitos muito curiosos, principalmente quando eles são apenas filhotes, estão desbravando , conhecendo o seu novo lar e colocam tudo na boca, desde um brinquedo de criança até mesmo uma faca inteira, o que é um perigo", ressalta. A veterinária ainda reforça que é importante ficar atento aos vômitos do animal. "O corpo do pet tenta expulsar aquilo que não é comum, mas devemos ficar em alerta com problemas intestinais que podem ser gerados."
Pensando em evitar acidentes, a especialista preparou algumas dicas e orientações de situações que podem colocar os animais em risco, para que desta forma os donos possam construir um ambiente mais seguro, acolhedor e livre dos possíveis perigos que podem surgir no ambiente dos animais.
A veterinária alerta que já viu de tudo no consultório: desde brinquedo de criança, mamadeira, anzol de pesca, até uma faca. "Muitas vezes deixamos alguns objetos ao alcance deles por acreditar que é impossível o animal comer, entretanto, nada é impossível para eles", destaca. Segundo a especialista, o objeto pode cair no estômago e ficar lá por tempo indeterminado, sem trazer uma situação de emergência, adentrar o intestino e seguir seu caminho, sendo visualizado pelo raio x, já em outras situações deve ser levado diretamente para o veterinário.
A ingestão de medicamentos também é muito comum no dia a dia; às vezes a pessoa pega uma cartela de medicamento, o animal vê e come o remédio. Eles são muito curiosos, e temos que tomar cuidado em especial com os filhotes e os idosos, devido ao seu sistema mais frágil.
Piscinas também demandam uma maior atenção dos donos, principalmente as mais fundas. “O animal muitas vezes não possui forças suficientes para nadar, outras vezes o cão pode cair durante a noite e não ser notado pelo dono", destaca. A especialista ressalta que, se possível, é interessante ensinar o cachorro a sair da piscina, colocando o cachorro próximo dos degraus, demonstrado onde ele pode sair caso ocorra uma queda.
Donos devem ter atenção com portas, janelas e superfícies de vidro, locais onde os animais podem acabar se machucando após um impacto, por isso vale instalar adesivos "antitrombada". "Também devemos ter atenção para os vidros quebrados, principalmente onde os bichos podem ir atrás de restos de alimentos e acabar se cortando", acrescenta.
Cordas e gatos são uma combinação perigosa de maneira geral, esses animais adoram qualquer coisa que se mexa, ainda mais a boa e velha cordinha, que infelizmente pode ser letal. Segundo Tatiana, a corda pode ser engolida ou causar estrangulamento, principalmente pontas de varal, às quais os animais podem acabar enrolando no pescoço após uma brincadeira.
Animais, curiosos por natureza, ao se depararam com o botijão podem tentar derrubá-lo. Se eles conseguirem fazer isso, principalmente os cães de grande porte, podem correr o perigo de se machucarem com a queda da botija sobre as patas ou até mesmo podem provocar um vazamento de gás no ambiente, também colocando a vida dos seus tutores em risco.
A especialista conclui alertando que, infelizmente, mesmo com todos os cuidados sendo tomados, acidentes podem ocorrer. Por isso, a recomendação principal e mais adequada, sempre será procurar um veterinário o quanto antes e sem esperar para tentar resolver em casa. "Quanto mais rápido possível o animal receber uma assistência especializada e cuidados para o seu problema, menor a chance de ter sequelas e possíveis consequências do acidente doméstico", conclui.
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