Com a chegada do inverno, cresce a atenção dos tutores para a disseminação da gripe canina, também chamada de tosse dos canis. A traqueobronquite infecciosa canina é uma doença que atinge as vias respiratórias, sendo altamente contagiosa entre os cães e que pode ser causada tanto por vírus quando por bactérias.
Segundo a médica veterinária Tatiana Sacchi, apesar de não ser uma doença grave na maioria dos casos, os surtos são frequentes e os animais podem passar pela infecção mais de uma vez. Ela lembra que a tosse dos canis é semelhante às síndromes gripais humanas em alguns aspectos. A forma de combate à doença é parecida: vacina e cuidados no convívio social.
Em entrevista ao jornalista Fábio Botacin, durante o Clube Pet CBN, da Rádio CBN Vitória, a veterinária elencou pontos importantes. Confira o que você, tutor, precisa saber para evitar que o seu animal adoeça:
"A doença é altamente contagiosa entre os cães, pode ser causada tanto por vírus quanto por bactéria. As aglomerações acabam propiciando os quadros de tosse. O vírus fica no ar, mas o contato direto com animais também pode facilitar a disseminação", explica a veterinária.
De acordo com Tatiana Sacchi, "sem dúvidas, a melhor forma de prevenção é a vacina". Segundo a especialista, a vacinação não é obrigatória contra essa doença, mas uma conversa entre o tutor e o médico veterinário pode ajudar a decidir sobre a vacinação, levando em consideração a rotina do animal e a convivência do pet em sociedade. "Na época de inverno a vacinação costuma ser mais procurada", lembra.
Como foi explicado no item 2, a vacina não é obrigatória, mas saiba que existem imunizações em diferentes formatos. 1-Vacina de aplicação intranasal: é gotejada dentro da narina do animal. Sua proteção é mais eficaz, pois ocorre em 3 dias e com uma única aplicação. As desvantagens são a dificuldade de aplicação em cães agitados ou bravos, cães com narinas muito estreitas ou para cães com estenose de traqueia que podem desenvolver reações após a aplicação. 2-Vacina de aplicação parenteral: é aplicada via subcutânea e necessita de duas doses em animais nunca antes vacinados. É mais fácil de ser aplicada, mas a proteção só ocorrerá 15 dias após a aplicação da segunda dose da vacina. 3-Vacina de aplicação oral: lançada recentemente no mercado veterinário. A partir de 60 dias do nascimento do animal a vacinação já pode ser feita.
"A tosse é um sintoma muito evidente. É persistente e pode incomodar muito o animal. O pet costuma tossir tanto que acaba expelindo uma espuma branca de tanto esforço na tosse. É como uma mímica de vômito. É muito comum a confusão entre tosse e engasgo", comenta. Segundo a veterinária, é importante levar o animal ao veterinário para verificar o problema.
A veterinária ressalta que os cães estão mais suscetíveis à doença, os tutores devem ter atenção especial com os pets que vivem em ambientes com alta densidade populacional: abrigos, canis, lojas e feiras de animais. Também estão nessa lista os cachorros que frequentam ambientes comuns a outros cães, como serviços de banho e tosa, parques e praças, além dos hotéis para animais. Os pets que têm imunidade comprometida ou doenças concomitantes também devem receber uma atenção especial.
Tatiana Sacchi alerta: "Se o animal estiver tossindo, é interessante evitar pegar o elevador. Tome alguns cuidados, evite andar em áreas comuns do prédio, por exemplo". Como os animais não usam máscaras de proteção contra a doença, o ideal é ter cuidado com as aglomerações.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta