Diversas ações e feiras para incentivar a adoção de cães e gatos têm sido realizadas na Grande Vitória. Em geral, os bichos foram recolhidos por maus-tratos, receberam todos os cuidados e estão prontos para viver em um novo lar. Mas, antes de decidir levar o pet para casa, é preciso saber algumas informações.
Huandra Seibel, da Ong Pra Mia, diz que a adoção para o animal é o contato com o amor e a oportunidade de uma vida segura e feliz. "Para as Ong's, é dar a oportunidade para novos resgates. Quando um animalzinho é adotado conseguimos ajudar aqueles que ainda esperam por uma oportunidade".
Ela conta que um dos pontos fundamentais para quem quer adotar é o planejamento. "É preciso planejamento. Os animais, se bem cuidados, vivem cerca de 15 anos. Para isso, é preciso entendê-lo como um membro da família, que possui demandas específicas e que, na maioria das vezes, vão afetar o orçamento familiar. Além dos gastos mensais com ração, é preciso fazer exames de rotina, dar anti-carrapato, anti-pulgas, remédio de verme e vaciná-los anualmente".
Mesmo com o planejamento feito, antes da decisão, outra dica é conversar com toda a família que vive na residência. "E verificar se há algum alérgico em casa e se todos realmente estão abertos à adoção".
Rosimere Thome, do Abrigo Patas e Pelos, diz que é necessário pensar bem antes de levar um bichinho para casa. "Não é um brinquedo ou um objeto que, quando envelhecer e não for mais interessante, a pessoa simplesmente descarta. O abandono causa dor, eles não compreendem o porquê e sentem saudades da casa e da família".
Ela conta que o ideal é escolher um animal que melhor se adapta à vida do dono. "Tem que pensar sobre as necessidades do animal como também o estilo de vida do futuro 'pai de pet'. Constantemente, vemos pessoas que adotam e depois devolvem o animal pois não pensaram bem".
Outra dica é sobre estar atento às vacinas. "Manter a carteira de vacina sempre em dia, é fundamental para evitar possíveis doenças e até a morte", diz Rosimere.
Huandra conta que uma atitude equivocada é pensar que apenas as vacinadas dadas pelas prefeituras são suficientes para o animal. "Isso porque a principal vacina, que é a V10, não é oferecida gratuitamente pelas prefeituras. Essa vacina previne o animal de 10 doenças, sendo uma delas a temida e fatal cinomose. E apenas veterinários devem aplicar as vacinas".
Também é preciso paciência. Os animais, apesar de adaptáveis, precisam de alguns dias para entender a rotina e o contexto em que estão inseridos. "Se precisar de ajuda nesse processo, procure um adestrador", diz Huandra.
Se você entendeu todas as dicas e está realmente disposto, não esqueça de deixar o preconceito para lá. Isso porque muitos animais não são escolhidos por conta da cor da pelagem. "Se puder, adote um animalzinho de pelagem preta. Em praticamente todas as feiras de adoção, voltamos com os pretinhos para o abrigo/holtezinho porque ninguém os quer. Tanto os gatinhos quanto os cachorrinhos pretos são maravilhosos, assim como os demais animais. Eles dão amor da mesma forma e são lindos à sua maneira. Essa discriminação parte a alma da gente. Por isso, se puder, olhe para os de pelagem preta também. Eles também merecem uma chance", diz Huandra.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta