Se você tem um pet em casa já deve ter percebido a importância de adaptar o seu espaço às necessidades do animal. Não é de estranhar, por exemplo, em uma residência onde vivem gatos, a visita entrar e se deparar com arranhadores por todos os cantos. Esse objeto pode até parecer estranho para o visitante, mas para você e seus bichanos eles são essenciais, porque além de evitar que seus mascotes arranhem seu lindo sofá, é ali que ele vai afiar as unhas, se alongar, demarcar o território e relaxar.
Os arranhadores, assim como centenas de outras intervenções, tem como objetivo melhorar a vida de nossos filhos de quatro patas dentro de casa e fazem parte do que os especialistas chamam de enriquecimento ambiental, que é, nada mais, nada menos, do que criar desafios para melhorar a rotina dos pets.
Levando-se em consideração que o Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contabiliza 54,2 milhões de cães e 23,9 milhões de gatos (dados de 2018) em suas residências (de todos os tamanhos possíveis), o enriquecimento ambiental é primordial, até porque na maioria das vezes esses pets ficam a maior parte do tempo sozinhos enquanto seus tutores saem para trabalhar.
Segundo a médica veterinária Helvana Fassina, especializada em medicina felina, o enriquecimento ambiental é feito de forma individual e não é o mesmo para cães e gatos. O manejo do ambiente depende de uma série de fatores, a idade do animal, se é jovem ou idoso, se é cheio de energia ou mais calmo, se estamos falando de uma casa ou um apartamento, explica. É necessário fazer um diagnóstico antes para descobrir a real necessidade do animal, acrescenta.
Helvana ressalta que se for um cachorro jovem, é necessário criar meios para ele extravasar a sua energia. O tutor, nesse caso, pode investir em uma casinha com escorregador, um brinquedo onde se coloca a ração dentro para ele tentar tirar (isso é importante porque ajuda a diminuir a ansiedade e faz com que o animal aprenda a comer mais devagar), uma piscina (sempre sob supervisão), uma bola maior do que o animal (para não correr o risco de ele engolir), entre outras coisas. E ela faz um alerta importante: muito cuidado com as plantas, algumas são tóxicas e podem levar o pet à morte.
Já para um cachorro idoso, ressalta, o manejo é completamente diferente. O piso não pode ser escorregadio, é essencial colocar um banquinho se o animal gosta de subir no sofá, forrar a escada com carpete para evitar quedas, pensar em brinquedos que não estimulem exercícios pesados e os potes de água e comida devem ficar mais próximos. Para os mais jovens, os potes podem ficar espalhados pela casa.
Já quando se tem gatos, o enriquecimento ambiental é totalmente diferente, explica. Os gatos, segundo ela, também gostam de brincar, mas brincadeiras de felinos, não de cachorros, e têm uma personalidade mais individual, com comportamentos mais independentes. Os felinos precisam que os tutores dediquem cerca de 15 minutos todos os dias com eles para incentivar a interação, e isso pode ser realizado escovando o pelo, fazendo carinho, usando uma varinha (específica para felinos), jogando uma bolinha que faz barulho, estimulando, desta maneira, o brincar.
Segundo ela, colocar nichos em casa para os felinos (que são animais propensos a gostarem de ficar no alto) pode ser bem interessante. Mas é importante verificar o perfil do bichano. Se ele já é acostumado a subir nos móveis, certamente vai gostar dos nichos. Às vezes, o dono gasta horrores com esses módulos na casa toda e, dependendo do gato, ele não vai dar nem bola, deixando o tutor decepcionado.
E Helvana faz um alerta: Se vai colocar os nichos em casa, lembre-se sempre dos pontos de fuga. Os gatos não devem, nunca, sentirem-se acuados, precisam ter uma válvula de escape, principalmente em casas onde existe mais de um felino. Às vezes eles até convivem, mas não são amigos, e podem, por exemplo, se estranhar no meio do caminho. Além disso, é importante providenciar alguns cantos onde eles possam se esconder e sentirem-se seguros.
As caixinhas de areia também fazem parte desse processo. Se tem um gato em casa, coloque duas caixas em lugares diferentes, e assim por diante. Os potinhos de água e ração seguem a mesma lógica. Dê preferência aos arranhadores verticais (eles são importantíssimos, pois é através deles que os felinos expressam seu instinto animal). Eles foram domesticados, mas continuam com seus instintos e, nós, os tutores, devemos preservá-los utilizando tudo o que temos à disposição.
Ela explica que as caminhas também são importantes e devem ser condizentes com o tamanho do animal (tanto para cachorros, quanto para gatos). Para os mais agitados, os feromônios sintéticos (um aparelhinho para colocar na tomada) são uma ótima dica. Eles ajudam muito a promover o bem-estar emocional do animal. E, por fim, faz outro alerta: Os gatos idosos precisam de muita atenção e os filhotes de supervisão por um bom tempo, ambos estão muito propícios a acidentes, conclui.
A youtuber, idealizadora, apresentadora e roteirista do canal A Casa do Cat, Catarina Dantas, que mora no Rio de Janeiro, sempre gostou de animais, desde pequena. Dizia para minha mãe que queria ter uma girafa ou um cachorro. Como uma girafa era impossível, ela me trouxe primeiro uma Lulu da Pomerânia, que cabia em uma xícara. Demos o nome de Florzinha a ela.
Hoje a casa dela conta com cinco gatos persas, dois Maine Coon e dois vira-latas. E, além da Florzinha, tem, ainda, três Chihuahuas Teacup (sendo que a Charlotte é um centímetro maior do que a menor cachorra do mundo), um Toy Australian Shepherd, um Golden Retriever, um Border Collie, um Pastor Belga e dois Bichon Frisé. Isso sem falar nos pássaros, uma ararajuba e um passarinho amarelo.
Segundo ela, existe um quarto só para os gatos, e outro só para os cachorros, ambos com ar-condicionado, caminhas, brinquedos, potinhos de ração e água, caixas de areia ou tapetinhos, entre outras coisas. E também fizemos na varanda do quarto da minha mãe uma espécie de playground, com vários nichos espalhados pelas paredes. Eles adoram! Vivem pra cima e pra baixo. Já as gaiolas dos pássaros ficam abertas.
Ela adora brincar com todos. A interação entre nós é muito grande. É até engraçado, eu jogo a bola para os cachorros e os gatos também correm para buscar, conta.
A ambientação da casa de Catarina conta até com um estúdio, onde ela faz grande parte de suas gravações para o seu canal no YouTube. Como também sou atriz, adoro representar e colocar todos os meus animais nas minhas produções. Também amo fotografá-los e postá-los no meu perfil no Instagram. E minha paixão pelos gatos, principalmente, faz com que eu use bastante as orelhinhas típicas.
Quero muito poder voltar com a websérie que fiz em 2018, chamada Gata Garota, cujo tema central era ser uma gata no corpo de uma garota, que me rendeu quatro indicações do Rio Web Fest, a maior premiação de webséries do Hemisfério Sul.
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