Uma alimentação equilibrada é extremamente bem-vinda ao cérebro e, consequentemente, para a memória. Estudos comprovam que frutas, peixes e algumas bebidas são exemplos de alimentos que ajudam a diminuir os esquecimentos do dia a dia.
A médica nutróloga Marcela Garcez conta que alguns alimentos realmente são bons para o cérebro e memória. Os chamados nootrópicos supostamente são capazes de ajudar a melhorar o desempenho mental sem efeitos colaterais negativos. "São alimentos ricos em substâncias que estimulam a nossa capacidade cognitiva, seja por um incremento na memória, atenção, concentração ou motivação. Alguns alimentos nootrópicos são utilizados desde a antiguidade como o café e o cacau, por exemplo".
Os alimentos que têm a funcionalidade de melhorar o estado de atenção e a cognição, podem ser incluídos em um hábito alimentar saudável. "São indicados quando há necessidade de melhora na performance do cérebro, da memória e da concentração", diz Marcela, que é diretora da Associação Brasileira de Nutrologia.
A nutricionista Drielly Daltoé conta que o complexo B, principalmente as vitaminas B6 e B12, está relacionado à memória e ao funcionamento do cérebro. "Nos alimentos, essas vitaminas são encontradas em carnes, peixes, ovos, vegetais verde escuros, castanhas, nozes e no abacate".
Outro importante aliado do cérebro e da memória é o ômega 3, tanto da forma natural como na suplementação. "Naturalmente, é encontrado em sementes de linhaça e nos salmões de boa procedência. Fora isso, a suplementação constante já produz bons resultados para a memória a partir de três meses de uso", explica.
De acordo com a profissional, a recomendação é incluir esses alimentos nas refeições sempre que possível. "Nem que seja em apenas uma por dia, todos os dias, incluindo o fim de semana. E também é importante sempre pensar a longo prazo, pois leva um tempo de, pelo menos, dois a três meses para começar a enxergar os benefícios".
O médico nutrólogo e cardiologista Juliano Burckhardt, membro da Associação Brasileira de Nutrologia e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), explica que, na hora de fazer a refeição, alguns alimentos com propriedades benéficas para a memória devem ser escolhidos. "O ômega 3, por exemplo, auxilia na comunicação entre os neurotransmissores, fazendo com que a memória e a concentração sejam fortalecidas. Para estudar, sua ingestão é recomendada, pois facilita bastante no processo de aprendizado".
Já vitaminas do complexo B contribuem com o desenvolvimento dos neurônios, além de melhorar a memória ao facilitar a comunicação entre os neurotransmissores. Juliano reforça que os carboidratos auxiliam na liberação de glicose para o organismo, possibilitando que o indivíduo consiga ter mais energia e consiga memorizar mais rapidamente, ajudando no aprendizado. Vale ainda apostar no ferro, nos nitratos e na cafeína. "Não vejo contra-indicações, porém as recomendações são individuais", reforça. Os profissionais listaram 10 alimentos bons para o cérebro e para a memória.
São ricos em flavonoides, antioxidantes potentes e substâncias estimulantes que atuam como agentes anti-inflamatórios, beneficiando a saúde cerebral e cardiovascular. Consumir chocolate regularmente pode beneficiar a memória recente e o processamento de informações visuais.
É considerado um dos alimentos mais poderosos para a saúde cerebral por ser uma fruta muito rica em polifenóis antioxidantes, vitaminas e fibras, que possuem propriedades que auxiliam no atraso da deterioração da memória e da cognição.
São versáteis, sendo possível consumi-los em diversas formas de preparo e em várias refeições durante o dia, além de serem extremamente completos em termos de nutrientes. O alimento é rico em vitamina B12, que ajuda para um bom funcionamento do cérebro e da memória.
Os verdinhos como o brócolis, espinafre, couve e rúcula são ricos em ácido fólico, atua na melhoria do DNA das células cerebrais e ajuda a reduzir significativamente o esquecimento.
Alimento rico em nutrientes, especialmente as vitaminas B6, B12 e o magnésio. É importante revezar entre os peixes mais “magros” e mais “gordos”. No primeiro grupo, estão a tilápia, o linguado e o badejo. Já os mais “gordos” incluem o salmão, o atum e a truta, por exemplo. O salmão também é uma excelente fonte de ômega 3, mas por ser um peixe mais “gordo”, deve ser revezado com as outras opções mais magras.
Na sua forma 100% integral, o suco de uva comprovadamente contribui com a melhora na capacidade cognitiva, principalmente dos idosos. Isso porque no alimento contém proteínas que estimulam novas conexões entre os neurônios.
A cafeína, e outros compostos bioativos presentes no café, como o ácido clorogênico e cafeico, contém elementos neuroprotetores que podem manter o cérebro muito mais saudável. Dentre os motivos para consumir café estão: maior alerta mental e melhoria do desempenho cognitivo, otimização da vigilância e do tempo de reação, além de uma melhor performance física.
Alimento rico em nutrientes do complexo B e em magnésio, que são excelentes aliados para a memória. É versátil para a alimentação a qualquer hora do dia, já que é possível prepará-lo de forma salgada ou doce, em saladas, vitaminas, entre outros.
Possui fibras solúveis e ácido-graxo do tipo ômega 3 em sua composição que, além de equilibrar o colesterol, atua no combate ao estresse. O ômega 3 é responsável por amenizar os efeitos do estresse na rotina, ajuda reduzir sintomas como a fadiga e o cansaço mental.
É no azeite de oliva que podemos encontrar o oleocantal. Substância importante nos estudos sobre o Alzheimer, já que existem evidências de que sua ingestão pode reduzir o risco de contrair a doença.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta