Muita gente está se perguntando: com o preço indigesto da carne bovina, como fica a refeição nossa de cada dia? O que colocar no prato no lugar do bife? Fomos atrás de nutricionistas para saber se é possível substituir esse alimento por outro mais barato sem prejuízos à saúde.
Ninguém discute que a carne vermelha tem um alto valor nutricional. Mas com o quilo de filé mignon chegando à casa dos R$ 70 na Grande Vitória, não custa pensar em alternativas para manter a alimentação balanceada com certo alívio no bolso.
"A carne vermelha é importante porque consegue fornecer uma boa quantidade de ferro, algo que a carne branca não faz. E fornece proteína de alto valor biológico. Mas não é necessário comer carne bovina todos os dias. Na verdade, é até contraindicado para a saúde", afirma a nutricionista Letícia Matrak.
Vale aproveitar a alta da carne para variar a alimentação. "As pessoas podem aproveitar para diversificar as fontes de proteína. O organismo precisa de variedade, de nutrientes diferentes", aponta Letícia.
Ou seja, a proteína vai continuar cabendo no seu orçamento. Quer ver? "O peixe é sensacional. E tem o frango, que pode ser usado em várias receitas", sugere ela.
O problema é que as outras carnes já estão ficando mais caras também. O jeito, então, é passar longe do açougue. Sem problemas.
A nutricionista Luane Magnago lembra que a proteína não necessariamente precisa ter origem animal. "Dá para consumir a proteína de outras fontes. Ela está presente em grãos como o feijão, lentilha, grão de bico, ervilha. Sementes e vegetais também contêm proteína, como brócolis, nozes, castanhas, amêndoas, semente de abóbora, gergelim...", cita.
E tem o ovo, queridinho da turma fitness. "O ovo é barato e muito nutritivo. É bom para a memória, saúde ocular. Tem muita proteína. E não tem por que ter medo de comer ovo por causa do colesterol. Se comparar a gordura da carne de boi com a gordura do ovo, o ovo tem muito menos. Pode comer ovo todos os dias. Vale fazer omelete, ovo cozido, mexido, usar na torta de legumes...", destaca Letícia Matrak.
Para se obter o ferro presente na carne vermelha, a pessoa pode apostar em folhas de cor escura, como taioba, espinafre, couve. "Gosto de indicar a ora-pro-nóbis. Não é tão fácil de encontrar. Mas é riquíssima em ferro, proteína e outros nutrientes", comenta Letícia.
Ela lembra, porém, que para que o ferro de origem vegetal seja bem absorvido pelo organismo, a dica é consumir o alimento junto com vitamina C. "Pode, por exemplo, espremer umas gotinhas de limão na salada ou tomar um suco cítrico depois da refeição".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta