Uma caminhada de 30 minutos, cinco vezes por semana, pode ajudar e muito a ficar longe do câncer de mama. A prática de outros exercícios também contribuem no tratamento de quem enfrenta a doença.
Segundo uma pesquisa publicada na revista Scientific Reports, do grupo Nature, uma em cada dez mortes por câncer de mama no Brasil poderia ser evitada com a prática regular de atividade física. A pesquisa teve a colaboração do Ministério da Saúde. A oncologista do Cecon/Oncoclínicas, Juliana Alvarenga, explica quais são os ganhos, através do exercício físico, para quem está em tratamento de câncer de mama. "Sabemos que a atividade física melhora a disposição do paciente, previne o aparecimento de depressão e diminui a chance de uma recorrência da doença. É muito comum que as pacientes tenham um impacto psicológico importante com a descoberta da doença e com o tratamento, e a atividade física vem ajudar nisso", diz ela.
Ela conta que o câncer de mama está relacionado ao sedentarismo e à obesidade. Como a atividade física previne a obesidade, ela atua como efeito protetor por si só e também ajuda na redução de peso.
O educador físico Francis de Carvalho, da Wellness, diz que é comprovado que praticar atividade física diminui o risco de ter câncer de mama. "Fazer academia, pedalar, caminhar ou correr, por exemplo, mantém a concentração de estrogênio (hormônio) em níveis mais adequados, fazendo o risco da doença cair".
Ele conta que é importante reforçar que, para mulheres que já tiveram ou estão com câncer de mama, praticar atividade física moderada pelo menos três vezes por semana é uma excelente ferramenta para restaurar e melhorar o bem-estar físico durante o tratamento da doença. "Eles aumentam a força muscular e a capacidade funcional, além de auxiliar no controle do peso, reduzir os sintomas de fadiga e melhorar a autoestima e a qualidade de vida".
Para a oncologista, apesar de todos os benefícios, as pacientes também precisam tomar alguns cuidados. "Sabemos que a quimioterapia tem efeitos colaterais como a náusea, anemia, as plaquetas podem baixar e tem a propensão a infecções. O paciente deve sempre conversar com o médico. Via de regra, sempre pedimos que eles optem por uma caminhada, musculação com baixa carga ou pela dança, que são atividades mais tranquilas. Mas é muito importante fazer atividade", diz Juliana Alvarenga.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta