Em entrevista ao canal do YouTube de Sabrina Sato, a atriz Deborah Secco revelou que, no início do relacionamento com o modelo Hugo Moura, hoje seu marido, o casal transava em média dez vezes por dia.
"Engravidei com dois meses de namoro. A gente transava dez vezes ao dia, quando transava médio. A gente estava naquele momento em que só transava. Depois, a gente começou a conversar, transar, cozinhar, transar, ver um filme... Mas antes era só transar."
A declaração deu o que falar nas redes sociais, e a atriz foi ao Twitter para rebater as críticas que recebeu. "Nasceram da fotossíntese dos pais, né?", escreveu.
Com a polêmica, a pergunta que não quer calar é: afinal, existe uma frequência ideal para fazer sexo? O sexólogo Carlos Boechat explica que são diversos estudos e pesquisas, porém não dá para definir um número relacionado a quantidade de vezes ideal para se fazer sexo. "A estatística brasileira é de duas vezes e meia de atividade sexual por semana. A média da maioria dos casais é de duas vezes na semana e, via de regra, no final de semana. Mas cada pessoa sabe o seu desejo, a estimulação, a sedução e a vontade. Então tem aqueles que transam mais e os que transam menos", esclarece.
Para o profissional não é comum uma pessoa transar 10 vezes ao dia. "Existem pessoas que fazem de tudo, mas não é comum. Essa pessoa teoricamente não está tendo orgasmos", diz Boechat.
A sexóloga e psicanalista Virgínia Pelles salienta que a atriz se referiu ao início do seu relacionamento. O que acaba sendo comum com vários casais. "Todo início de relacionamento é comum o aumento da frequência sexual". Ela conta que em seu consultório a maioria dos casais saudáveis relatam que transam uma vez por semana.
Não existe uma regra, segundo os especialistas. "Quando der vontade. O que acontece é que, às vezes, a mulher se sente constrangida ou um dos dois acaba fazendo o sexo apenas para cumprir o protocolo. Mas o sexo gostoso é o que tem consentimento de ambos. Tem que ser bom para os dois e a quantidade de vezes não importa. O que não pode acontecer é forçar para que aconteça a relação sexual", diz Virgínia.
Uma vida sexual saudável traz benefícios para qualquer pessoa. Sensação de bem-estar, pele boa e o emocional equilibrado, por exemplo. Mas, se acha que está exagerando, é preciso ficar atento para que a relação sexual não deixe de ser prazerosa e se torne um vício. "Por exemplo, quando a pessoa quer sexo toda hora sem saber se o parceiro(a) também quer, ou quando a pessoa precisa do sexo para realizar outra atividade em sua vida, nota-se uma dependência. Podemos fazer uso com prazer do sexo, mas quando a pessoa passa a precisar dele para ficar bem tem algo errado, isso é um sinal", diz Boechat.
E esse fato não acontece de uma hora para outra, é um movimento crescente. Por isso é fundamental a conversa entre os envolvidos e a necessidade de percepção da situação. Caso sinta necessidade, a dica é procurar ajuda. "Que será com um psicoterapeuta ou, às vezes, até com psiquiatra quando se percebe que é uma compulsão sexual", explica Carlos Boechat.
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