Um estudo, divulgado na série Just One Thing, da Rádio 4 da BBC, mostra que o agachamento é um exercício tão bom que pode até melhorar a função cerebral. "Você não precisa ficar bufando e se esforçando muito na academia para atingir certas partes do cérebro", explica Damian Bailey, professor de fisiologia e bioquímica da Universidade de South Wales, no País de Gales.
Ele descobriu que apenas três a cinco minutos, três vezes por semana, podem ser ainda melhores para o cérebro do que 30 minutos de exercícios como corrida ou caminhada. O estudo mostra que ao agachar, a pessoa move a cabeça para cima e para baixo contra a gravidade. E os vasos sanguíneos tentam atenuar as mudanças na pressão sanguínea e agem como amortecedores para o cérebro.
O educador físico Francis de Carvalho, da Wellness, explica que o agachamento é considerado um dos exercícios mais completos que existem. "A composição dos músculos, articulações e tendões envolvidos é grande, isso significa que o agachamento trabalha uma grande quantidade de músculos ao mesmo tempo, proporcionando um gasto de energia elevado".
Ele é um exercício de fortalecimento dos músculos das coxas, quadris, glúteos, bem como ossos, tendões e ligamentos. "É o principal exercício para deixar as coxas e o bumbum durinho. Além de dar autonomia para pessoas mais velhas a sentar e levantar da uma cadeira ou sofá, sem precisar de ajuda de ninguém", explica.
Francis explica que apesar de exercícios como agachamento serem muito completos, que demandam um gasto energético muito alto e trabalham muito grupos musculares, é importante trabalhar o corpo como um todo. "Para evitar desequilíbrio muscular e também não gerar assimetria e desproporções no corpo", ressalta.
Além do exercício, alguns alimentos são ideais para o cérebro. Maria Amália Pedrosa, psiquiatra da clínica Aube, explica que o cérebro consome uma quantidade imensa de energia em relação ao resto do corpo, portanto uma alimentação balanceada é o principal combustível. "É preciso agir nos seus processos celulares, investindo no funcionamento e protegendo-o dos possíveis danos do envelhecimento, reduzindo o estresse oxidativo e os processos inflamatórios", conta.
A médica conta que estudos mostram que alimentos ricos em ômega-3, como os peixes e as oleaginosas; o açafrão, que contém a curcumina; alimentos ricos em flavonoides, como cacau, chá-verde e frutas cítricas; além de alimentos ricos em vitaminas do complexo B, como bife de fígado e salmão, são ideias para o cérebro.
"O mais importante é ter refeições balanceadas, composta por vários nutrientes. Não podemos esquecer que diante de sintomas como fadiga, cansaço e dificuldade na concentração, é interessante procurar um profissional para fazer uma avaliação individualizada e verificar se há deficiência de alguma vitamina específica. Além disso, é importante ressaltar que dietas muito restritas podem afetar a capacidade cognitiva, pois nosso cérebro precisa dessa alimentação adequada para lhe fornecer energia", diz Maria Amália Pedrosa.
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