Barriga sempre inchada, enxaqueca, alergias na pele... Desconfortos como esses podem ser sinal de que algo está acontecendo dentro do corpo. Ele pode estar inflamado. Esse problema tem relação com alguns tipos de alimentos, que são considerados inflamatórios. Não é tão complicado entender.
Usamos na nutrologia o termo dieta pró-inflamatória quando ingerimos uma alimentação excessiva em gorduras trans, em carne vermelha, leite industrializado e derivados, embutidos como salame, mortadela, presunto e também excesso de frituras, açúcares e refrigerantes. No geral todo produto alimentício, explica o médico Wesley Schunk.
Quem exagera no consumo desses itens no dia a dia pode fazer o organismo sofrer um processo inflamatório, que está associado a diversas doenças crônicas.
Certos alimentos têm o poder de estimular a produção de citocinas pró-inflamatórias e gerar um desequilíbrio, levando a reações inflamatórias mais intensas e persistentes e aumentando o risco no desenvolvimento de doenças específicas, como as doenças autoimunes, ou piorar doenças inflamatórias já existentes, como diabetes e obesidade, diz o médico.
Segundo a nutricionista Beatriz Gaudio, essa inflamação pode apresentar sintomas que a gente não vê, preparando para doenças silenciosas. Muita gente nem percebe esse desequilíbrio e até se acostuma com alguns sintomas, como a barriga sempre distendida, reações na pele... São pessoas que comem muito pão, muita gordura, e acham que esse estado é uma condição normal, comenta ela.
Lá na frente, diz Beatriz, uma dieta assim pode revelar sérias doenças. Um exame vai mostrar um colesterol alto, gordura no fígado, diabetes tipo 2, por exemplo.
A nutricionista explica que o modo de preparo e a frequência de consumo de certos produtos são fatores que mais interferem no potencial inflamatório em uma dieta. Uma batata é um alimento saudável, mas quando você a coloca numa imersão de gordura, ela perde propriedades nutricionais importantes e vira um alimento inflamatório.
ANTIOXIDANTES
Existem, porém, alimentos que fazem o contrário, ou seja, que reduzem a inflamação no organismo. Para isso, entram em ação os chamados antioxidantes.
Para reverter essa inflamação e prevenir uma série de doenças, basta mudar os hábitos alimentares. Fazer uma dieta anti-inflamatória e cheia de antioxidantes nada mais é que comer comida de verdade, rica em legumes e verduras, frutas vermelhas escuras, limão, abacate e côco, proteínas como peixes, carnes brancas e ovos, destaca Schunk.
A personal trainer Carolina Lyrio, 27 anos, é um exemplo de alguém que segue uma dieta anti-inflamatória. Frutas, legumes e verduras estão todos os dias no prato. Mas nem sempre foi assim. Eu comia bem, mas não tinha uma alimentação 100% regrada. Até que precisei retirar a vesícula e aproveitei para mudar minha alimentação. Raramente como fritura. E faz tempo que não sei o que é beber refrigerante.
Os benefícios foram evidentes: Emagreci bastante, minha pele melhorou. E eu, que tinha muita enxaqueca, não tenho mais.
ALIMENTOS QUE INFAMAM
Produtos industrializados: como biscoitos, sorvetes e cia
Alimentos ricos em ômega-6: como os óleos vegetais de soja, de algodão, de milho, canola e de girassol
Cereais refinados: pães, massas, arroz branco, biscoitos em geral, trigo, maisena, fubá
Carnes: suínas e bovinas com muita gordura
Embutidos: salsicha, peito de peru, salame, mortadela e conservas com sal
Leites e derivados integrais: queijos amarelos, requeijão, creme de leite e manteiga em excesso
Refrigerantes, bebidas alcoólicas, açúcares, doces e frituras
ALIMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS
Peixes: , principalmente os de águas frias, que são ricos em ômega 3;
Oleaginosas: castanhas, nozes, amêndoas, chia, linhaça, feijão, ervilha;
Frutas: limão, kiwi, morango, uva, maçã, mamão e laranja;
Legumes e vegetais: gengibre, couve-flor, nabo, rabanete, repolho, cenoura, abóbora, espinafre, rúcula, brócolis, agrião, escarola e couve;
Chás: chá verde, chá de alecrim, chá de gengibre, chá de erva-doce;
Outros: Alho e cebola.
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