A ex-bbb Josy Oliveira morreu no sábado, 5, aos 43 anos. Segundo informações do G1, Josy foi diagnosticada com um aneurisma no fim de 2020, e sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) durante a realização de uma cirurgia realizada na última terça-feira, 31. Desde então, ela vinha em coma induzido.
O médico Hebert Cabral, que é Doutor em Medicina (neurologia) pela UFF/RJ, explica que o AVC pode ocorrer uma obstrução do vaso sanguíneo ou por hemorragia, quando ele se rompe. "São causas diferentes. Normalmente, a hipertensão é uma das maiores causas desse rompimento. Ou a pessoa é hipertensa ou tem alguma malformação nos casos, com alterações de elasticidades que os deixam com facilidade para se romperem".
O aneurisma, segundo Cabral, é uma dilatação na parede do vaso. "É como uma bexiga que vai se inflando, inflando... E pode se romper. Isso pode acontecer com qualquer artéria do corpo. Mas é muito mais grave se acontecer numa artéria importante".
Um AVC numa região da fala deixa a pessoa com comprometimentos nessa função. Da mesma forma, se o problema ocorre na região motora, a pessoa fica com dificuldades para se locomover. No entanto, de acordo com o especialista, se acomete a área relacionada à respiração, é mais complicado e a pessoa pode morrer.
Caso também da aorta, a maior e principal artéria do corpo humano, responsável por receber sangue rico em oxigênio do coração e distribui-lo para todo o corpo. "Ela é o vaso mais grosso do corpo. Se ela se rompe, a chance de mortalidade é alta", afirma Cabral, que explica que em pessoas mais jovens, normalmente, o aneurisma ocorre em função de problemas genéticos. Mas em pessoas mais velhas, ele é fruto de doenças como pressão alta, diabetes, colesterol alto, entre outros.
Apesar de ser um problema grave, ele pode dar alguns sinais. "A pessoa pode sentir uma dor no peito, tontura, sudorese, desmaio. É algo progressivo, ou seja, vai piorando", aponta o médico
Alguém que já teve um AVC, precisa de um acompanhamento médico de perto. "A pessoa precisa controlar os fatores de risco, principalmente a hipertensão, o diabetes, o colesterol. Ela deve fazer exames periódicos, como exames de imagem, para acompanhar isso. Eles podem detectar se há vasos dilatados, com chance de rompimento. E se há alguma possibilidade de intervenção cirúrgica preventiva. É importante destacar, porém, que nem todos os casos são detectados nos exames", observa Hebert Cabral.
A especificação do médico Hebert Cabral estava incorreta na matéria. O profissional não é neurologista, mas sim Doutor em Medicina (neurologia) pela UFF/RJ. O texto foi corrigido.
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