> >
Aos 71 anos, empresário se diz 'rei da selfie'

Aos 71 anos, empresário se diz "rei da selfie"

José Carlos Bergamin utiliza a tecnologia para diversão e para fortalecer sua empresa

Publicado em 20 de julho de 2019 às 21:49

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
José Carlos Bergamin fazendo uma selfie. (Bernardo Coutinho)

Nos encontros da família, ele é um dos primeiros a sacar o celular e fazer a foto, que vai direto para as redes sociais. Não à toa, ele se considera o “rei da selfie”.

“Me divirto muito. Faço isso por hobby. Assim que o Instagram começou a se tornar mais popular, criei meu perfil. Não pinto cabelo, não faço botox. Estar nas redes sociais é uma maneira de mostrar que não sou velho. Quero utilizar o que a juventude utiliza. É tudo de bom! Não consigo ficar isolado. Ali, encontrei pessoas que não via há 30 anos!”, diz o empresário José Carlos Bergamin, de 71 anos.

E se alguém critica, ele tem uma resposta na ponta da língua: “Minha esposa disse outro dia que achava brega eu postar foto no Instagram. Mas eu digo: faço isso agora porque não podia fazer com 30 anos! Então, faço com 70!”.

Bergamin mostra total familiaridade com a tecnologia. “A gente não nasceu digital. Por isso, fazemos uma leitura diferente disso tudo, é outra lógica, é mais lento. Mas tento não só ser digital, como também pensar digitalmente”, comenta.

ELETRÔNICOS

Mas ele não está conectado só por diversão, não. Como ainda não parou de trabalhar, tem uma rotina agitada, cheia de compromissos, reuniões... Que só com ajuda dos aparelhos eletrônicos para dar conta!

“As soluções digitais são espetaculares! Principalmente para empresários que estão começando, cujo perfil do consumidor é bem jovem. Uso muito. Uso computador, tablet, celular. Mas cada vez mais o celular”.

O interesse pela tecnologia não é de agora. “Quando era criança, morava no interior e fui trabalhar em um armazém, lembro que já era ávido por informação. Eu pegava os jornais antigos que eram usados para embalar mercadorias e lia tudo. Depois, com 25 anos, vim para Vitória e abri minha loja. Ninguém tinha computador naquela época. Informatizei tudo! Fiz o primeiro crediário de loja informatizado na cidade. Então, usar tecnologia para facilitar a vida e potencializar os negócios, sempre usei”, relata ele.

O empresário admite que nem sempre dá conta de tanta novidade. “Nos negócios, a experiência conta. Mas quando preciso de um suporte de qualquer coisa, tenho que recorrer a uma pessoa muito mais nova”.

Apesar das limitações, ele não se sente desatualizado em nada. “Qualquer pessoa precisa extremamente disso? Acho que não. Não precisa saber muito. Mas não acho correto ser resistente. Para informação, comunicação, relacionamento, conhecimento... A gente dá passos enormes se for razoavelmente bem resolvido digitalmente. Alguém já disse: se você não está no Google você não existe”.

> Idosos estão mais conectados ao mundo on-line

MADUROS NA INTERNET

Crescimento

Os idosos somam 8,6 milhões de usuários na internet. Eles passaram a acessar mais a web de 2016 para 2017, segundo pesquisa do IBGE divulgada em dezembro de 2018. Em 2017, 31,1% das pessoas com 60 anos ou mais utilizaram a tecnologia frente aos 24,7% do ano anterior.

ABERTOS À TECNOLOGIA

 

74% das pessoas acima dos 60 anos se sentem abertas para testar novas tecnologias, entre as entrevistadas em 2019 pelo MindMiners, startup de tecnologia especializada em pesquisa digital.

O QUE PENSAM SOBRE OS IDOSOS

As empresas

7 em cada 10 empresas no Brasil acham que os mais velhos não acompanham as transformações tecnológicas (Fonte: FGV / Aging Fee Fair, 2018)

Mas...

No entanto, um quarto dos brasileiros acima de 60 anos já estão conectados (Fonte: Think with Google, 2019)

Os queridinhos

WhatsApp: 88% dos idosos ouvidos pela MindMiners gostam de usar o aplicativo de mensagens

Facebook: 65% usam a rede social, e outros 48% gostam do Instagram

PASSATEMPO

Assuntos preferidos

Este vídeo pode te interessar

O passatempo predileto dos idosos na internet é o relacionamento com familiares (62,9%) e amigos (59,8%), conforme pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em outubro de 2016

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais