O boom de alimentos como kefir e kombucha fez a palavra probiótico se tornar conhecida de muita gente. Mas apesar da boa propaganda, muita gente ainda tenta entender como essas bactérias trabalham em nosso organismo e do que elas são capazes. Que elas têm potencial para melhorar o intestino não é segredo pra ninguém, mas poucos sabem que os probióticos também são ótimos para a pele. E por falar em probióticos, você sabe a diferença entre eles e os, também conhecidos, prebióticos?
No universo da beleza, alguns cosméticos com prebióticos e probióticos podem ajudar a restabelecer o equilíbrio da pele e vêm sendo utilizados como coadjuvantes em vários tratamentos com resultados bem promissores. "Este tipo de cosmético propõe mecanismos de controle da barreira cutânea, estimulando o crescimento das bactérias saudáveis da pele. Com o uso deles, essas bactérias saudáveis estarão sempre em número excelente para combater e prevenir a colonização de bactérias indesejáveis", explica a médica Priscila Passamani.
Os prebióticos são componentes alimentares que incentivam o desenvolvimento e a proliferação de bactérias boas, que vivem em harmonia com os seres humanos. Com eles, as bactérias boas crescem e combatem as ruins. Além disso, os prebióticos protegem e colaboram com as defesas da pele e do cabelo, devolvem a força e ajudam na recuperação da proteção imunológica cutânea.
Já os probióticos são microrganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano intestinal, produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo. "Existem, no mercado, saches e cápsulas de vários tipos, além de cremes com esses ativos que ajudam no processo de fortalecimento e desinflamação da pele", diz Priscila.
A dermatologista Juliana Drumond explica que já se sabe há muito tempo a importância de um equilíbrio da flora bacteriana para a saúde. "No organismo existem várias bactérias na pele e no intestino e elas vivem em equilíbrio e mantêm a nossa saúde. E é muito importante que bactérias boas estejam em número normal no nosso organismo para evitar que outras, as patogênicas, se instalem. Essa preocupação que tem surgido com relação ao uso de probióticos, para tentar reequilibrar essa flora bacteriana, é bem promissora", explica. Ela diz ainda que o uso do probiótico e do prebiótico em cosméticos ainda é recente. "Tenho visto a associação dos prebióticos com hidratantes e outros componentes que, sabiamente, são benéficos para a pele. Mas é tudo muito novo".
Priscila acrescenta que essas bactérias do bem também servem para manter a pele livre de infecções, e que produtos enriquecidos com prebióticos podem deixar nossa cútis fortalecida, equilibrada e saudável. "O hábito de lavar as mãos e o rosto constantemente gera um desequilíbrio da microflora bacteriana. E isso faz surgir a necessidade de hidratar, combater o estresse, inflamações e infecções".
Os prebióticos e probióticos garantem uma pele hidratada, com menos erupções, menos vermelhidão, menos rugas e menos flacidez. "O ideal é que a indicação seja personalizada, já que cada pessoa apresenta uma microbiota intestinal única", diz Pirscila. Segundo ela, esses cosméticos devem ser usados associados aos procedimentos feitos em consultórios. "Principalmente no pós-procedimento, em peles inflamadas em tratamentos de acne e rosácea. Isso porque eles estimulam as defesas naturais da pele, ou seja colaboram com a proliferação das bactérias boas que ali habitam".
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