Sol, praia, férias, viagens e gente bronzeada.... O verão é a estação mais esperada do ano, mas com ela vem algumas doenças bem típicas dessa época. O bom disso tudo é que elas são evitáveis, basta adotar alguns cuidados e passar pela temporada livre de todas elas.
De acordo com Thiago Mariani, médico da PrimeMed, a intoxicação alimentar é uma das doenças mais frequentes durante o verão. Ela acontece devido a uma reação do organismo à comida ou à água contaminadas por bactérias, parasitas ou vírus durante o preparo, manipulação ou armazenamento. “Este tipo de micro-organismo é encontrado com mais facilidade em carne crua, frango, peixe e ovos. Apesar disso eles podem se espalhar para qualquer tipo de alimento. A intoxicação pode causar náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e cólicas, febre, fraqueza, calafrios e tonturas. Costuma passar rápido, mas em alguns casos é necessário consultar o médico”, disse.
O tratamento consiste em aumentar a ingestão de líquidos, e nos casos mais graves, quando a pessoa apresenta fraqueza excessiva ou diarreia e vômitos descontrolados pode ser necessária a hidratação intravenosa e o uso de antibióticos. Grávidas devem procurar o médico desde os primeiros sinais, assim é reduzido risco do bebê ser contaminado.
“Para ficar livre desse problema evite alimentar-se em locais nos quais você não conhece a procedência e armazenamento dos produtos que estão sendo comercializados. Outra dica é levar o seu próprio alimento para as praias, acondicionados da maneira adequada”, orientou Thiago.
Outra doença muito comum durante o verão é a otite externa. O otorrinolaringologista Marco Antônio Caliman explica que essa infecção acomete o ouvido externo, que é o canal que transmite o som do meio ambiente até a membrana timpânica. O problema acontece principalmente nas crianças, mas os adultos que gostam muito de ficar na água do mar também podem sofrer com a doença.
“Entre os principais sintomas estão a dor de ouvido, secreção drenando pelo ouvido, diminuição temporária da audição, podendo ocorrer febre e mal-estar. Na maior parte das vezes ela é provocada pela presença de água no conduto auditivo e uso inadequado de cotonetes. Em alguns casos são necessários uso de gotas tópicas com analgésicos e antibióticos”, diz.
A prevenção é a melhor forma de combater as infecções de ouvido. “Evite a entrada de água no ouvido durante banhos de mar ou piscina, com uso de tampões adequados. Evitar o uso de cotonetes ou outros materiais no ouvido ainda é a melhor maneira de prevenir as otites externas", orientou. O tratamento deve ser sempre orientado por um médico, após adequada avaliação do quadro.
A conjuntivite consiste em uma inflamação da membrana externa do globo ocular, aquela parte branco dos olhos, e do interior das pálpebras. De acordo com o oftalmologista André Machado, do Hospital de Olhos de Vitória, a infecciosa é o tipo mais comum durante o verão. Ela é contagiosa, sendo transmitida pelo ar ou contato com o local. E pode atingir um ou os dois olhos. “Para evitá-la a melhor prevenção é lavar as mãos constantemente com água e sabão e separar toalhas para uso individual. Também é importante reforçar a higiene básica e ter sempre um álcool gel por perto para evitar tocar os olhos com as mãos sem a devida higiene”, disse.
O médico conta que compressas de água fria aliviam a queimação e o uso de óculos de sol ajudam a reduzir a sensibilidade à luz. "Um oftalmologista precisa ser consultado para indicar o colírio adequado para cada caso. Para evitar a conjuntivite infecciosa é importante manter as mãos higienizadas e evitar locais com muitas pessoas.”, alerta.
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