Alguma vez você já conheceu alguém que é extremamente habilidoso em suas tarefas, empenhado, mas que não consegue reconhecer a própria capacidade, sucesso, possui muitas inseguranças e dúvidas quanto à própria capacidade? Essa pessoa pode sofrer do fenômeno psíquico conhecido como a “síndrome do impostor”. A psicóloga Adriana Müller, comentarista da Rádio CBN Vitória, explica que apesar de ter o nome "síndrome", trata-se de um conjunto de fatores psicológicos e vem sendo cada vez mais diagnosticado.
Segundo Adriana Müller, a pessoa com síndrome do impostor experimenta um misto de sentimentos que envolve insegurança, baixa autoestima, complexo de inferioridade, perfeccionismo, apreensão e, principalmente, medo de ser descoberta e exposta, isso porque acredita plenamente que é uma fraude e que, mesmo trabalhando duro para alcançar o sucesso, sua possível incompetência será evidenciada há qualquer momento.
A psicóloga identifica que, diante dos sentimentos, muitas vezes os pacientes enfrentam a procrastinação. “Pessoas começam a adiar uma tarefa e até mesmo deixam os compromissos importantes para o último momento e nesse final estão sempre fugindo de momentos em que podem ser avaliadas ou criticadas”, descreve.
Pessoas que sofrem com a síndrome sofrem com o grande excesso de autocobrança, intolerância às próprias falhas e necessidade de agradar a todos, além disso acreditam que não são boas o bastante e que não merecem o sucesso.
Os pacientes, por muitas vezes, por estarem cercados de perfeccionismo, sentimento de incompetência e medo de não cumprirem com todas as tarefas vão evitar muitas atividades e trabalhos complexos, além de situações mais desafiadoras do cotidiano.
Por serem muito perfeccionistas, os paciente vão adiar tarefas e compromissos com o medo do trabalho nunca ser o suficiente, além do medo das críticas impostas por outros.
Adriana destaca que, para superar a síndrome os pacientes precisam parar de estabelecer padrões inatingíveis, pois todas as pessoas invariavelmente cometem erros. “Devemos nos atentar que o sucesso depende de muitos fatores, não apenas do seu grande trabalho, confiar em si mesmo e entender que a perfeição não faz parte do planeta terra e que todos temos limites”, destaca.
O tratamento da síndrome pode ser feito com psicólogos e também realizar atividades capazes de aliviar o estresse e a ansiedade, que melhorem a autoestima e o autoconhecimento, como yoga, meditação e exercícios físicos.
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