> >
'Conheci meu namorado no Centro de Vitória há 3 anos', diz cantor Silva

"Conheci meu namorado no Centro de Vitória há 3 anos", diz cantor Silva

Ele demorou a se reconhecer como cantor, desconstruiu certezas e virou queridinho de gente do calibre de Marisa Monte e Caetano Veloso. Agora, aos 30 anos, Silva lota casa de shows por onde passa e mostra por que é o capixaba mais pop no cenário atual da música

Publicado em 13 de julho de 2018 às 17:21

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O cantor Silva acaba de lançar o álbum "Brasileiro" e faz turnê pelo Brasil. (Vitor Jubini)

especial

O cantor Silva está deixando as unhas das mãos crescerem. “Deste tamanho (mostra as unhas), elas me dão uma ansiedade, uma agonia. Mas voltei a tocar violão”, fala, assim que chega para entrevista, àquela hora, 3 da tarde.

O capixaba anda surfando na onda do sucesso. Depois de trazer para o público um álbum no qual fez versões para músicas de Marisa Monte e de lançar o clipe “Fica Tudo Bem”, com Anitta (que já tem mais de 6 milhões de visualizações), no último dia 20 de junho, ele deu início, em Vitória, à turnê de seu novo álbum, “Brasileiro”. “Esse é o disco que mais gostei de fazer até aqui. Acho que é por causa do meu momento pessoal, estou mais seguro na vida, em todas as questões. Vou adorar tocar essas músicas durante um ano e meio pelas estradas.” Em outras palavras, Silva vai rodar o país cantando músicas inéditas com influências de samba, bossa nova e axé noventista.

Ele chega ao Parque Gruta da Onça, no Centro de Vitória, carregando uma camisa verde e acompanhado do irmão. É cumprimentado por um homem que diz “adoro ouvir suas músicas”. Silva sorri. “Vim aqui com alguns amigos recentemente para fazer umas fotos. É um lugar do tempo de escola, tenho lembranças muito boas”, diz, referindo-se ao porquê da escolha do local para a entrevista. “Adoro o clima do Centro. Tem um ar gostoso para conversar sentado na rua”, comenta.

Uma pena. O tempo não está para conversa na rua. Céu escuro, carregado e, de repente, cai uma tempestade. A melhor opção para o início de tarde foi entrar no carro do irmão do músico. A conversa aconteceu ali.

O cantor Silva acaba de lançar o álbum "Brasileiro" e faz turnê pelo Brasil. (Vitor Jubini)

Lúcio Silva Souza, 30 anos, nascido em 3 de julho de 1988, sob o signo de câncer, cresceu no bairro Consolação, na Capital, numa típica família evangélica. Filho de uma professora universitária e de um economista, aprendeu a paixão pela música dentro de casa. “A minha mãe foi muito rigorosa comigo e com os meus outros dois irmãos nessa questão da música. Tínhamos que aprender. Comecei, aos 5 anos, tocando flauta doce porque ela dava aula. Depois aprendi a tocar violão, piano e me formei em violino.”

O menino sonhava ser um músico concertista. “Em 2009 estudava francês porque queria estudar no Conservatório de Bruxelas. Tinha o sonho de fazer carreira numa orquestra europeia, ser um grande músico erudito. Só que sempre gostei de música brasileira.” Viveu na Irlanda para aprender inglês, tocou música nas ruas de Dublin para ganhar dinheiro, morou com hippies, experimentou drogas e frequentou festivais de música. Um ano depois estava de volta a Vitória completamente perdido. “Os primeiros meses foram horríveis. Não queria terminar a faculdade e nem sabia o que fazer da vida”. Foi nesse momento, em que passou a ficar muito em casa, que as músicas começaram a sair. Não pararam mais. Lançou quatro álbuns e conheceu o sucesso. Em seu currículo tem participação no programa “Versões”, do canal Bis, e na edição brasileira do festival Sónar, em 2012. Já homenageou Gilberto Gil, tocou com Gal Costa e se apresentou em Portugal. Silva vive uma fase dourada – na carreira e na vida pessoal.

Conheceu o namorado, Fernando, num samba. Diz que aprendeu a lidar com o assédio e, por pouco, não pirou. Adepto da terapia, é ligado nos quês e porquês da existência, na busca de experiências. Tem três tatuagens, fala com calma e não fugiu de nenhuma das perguntas. Depois de uma hora e meia de conversa, ele se despede sorrindo. “Quero cantar e tocar muito ainda”, diz. As unhas, já grandes, estão prontas.

Você, claro, é capixaba...

Fui criado em Consolação e até o mês passado morava lá. É um bairro maravilhoso, que tem escola de samba, igreja evangélica, terreiro de umbanda e baile funk, tudo misturado e que é a cara do Brasil. Mas todo mundo sempre me associou à imagem de um menino de família rica, porque toco violino e piano. Tenho essa cara de bom moço, e as pessoas pensam “ele deve ser filho de algum empresário da Praia do Canto”. E eu nunca fui. Não é que isso me incomoda, mas não sou eu.

O que os seus pais faziam?

Minha mãe é professora da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames) e sempre foi muito rigorosa com a gente na questão da música. Somos de classe média, e ela sempre prezou pelo conhecimento. Leitura era obrigatória. E hoje vejo como isso foi importante, tive esse privilégio. Já o meu pai é uma figura maravilhosa, bem quieta, uma outra personalidade. Fez Economia, trabalhou a vida inteira em banco, hoje é aposentado. Toca violão e gaita. Todo mundo na minha casa é ligado em música.

Você cresceu numa família religiosa. Frequentava a igreja evangélica?

A vida inteira. Apesar de quebrar vários paradigmas, na minha cabeça as coisas não mudaram. Hoje eu penso em Deus de uma forma muito mais abrangente do que fui ensinado no começo. Eu não briguei com isso, sou muito respeitoso. Meu avô era pastor, mas ele era muito coerente com o que fazia. Não falava algo no culto e fora tinha outras atitudes, essas coisas que hoje são comuns de se ver. Tenho as minhas convicções, quebrei muitos conceitos na minha cabeça, mas respeito muito as pessoas que precisam da religião para guiar a vida delas. Consigo entender e sei que isso é importante para algumas pessoas se manterem de pé.

Qual a sua religião?

É muito clichê dizer, mas é a música. Ela me conecta com Deus de alguma forma. São sempre esses momentos que me fazem bem, que me deixam leve de novo. Tem música que parece oração, como a erudita que me remete as coisas da infância. É um momento quase religioso.

As pessoas têm a imagem de que na família evangélica alguns assuntos são tabus. Na sua família sempre se falou de tudo?

Não. Tinha vários assuntos tabus, como toda boa família evangélica (risos). Sexo, drogas, essa coisas... Mas eu acabei quebrando tudo, sempre com respeito. Nunca fui de bater boca, ficar discutindo. Mas não gosto que metam o dedo na minha vida. Faço as minhas coisas e sempre foi assim. Então, quando comecei a discordar das coisas, foi no meu canto, sozinho, fui seguindo o meu caminho. Tinha a questão de não poder ouvir música que não era de Deus, porque não era música evangélica. Eu achava um absurdo, porque sempre fui apaixonado por música. Para mim isso nunca serviu. Falava: “Em música vocês não mexem”. Adorava ouvir Tom Jobim, João Gilberto e Chico Buarque, que falavam várias coisas profanas, de beber e de amor que não deram certos.

Você chegou a tocar em orquestra?

Achava que seria concertista. Estudei violino desde muito novo, já gostava de cantar, mas somente em casa, era muito raro cantar em público. Minha ambição era ser um músico concertista, estudava francês com ambição de ir para o Conservatório de Bruxelas. Tinha o sonho de fazer carreira numa orquestra europeia, ser um grande músico erudito. Só que também sempre gostei de música brasileira.

Aos 20 anos você decide ir para a Europa...

Fui morar na Irlanda, e as coisas mudaram muito na minha cabeça. Entrei numa banda de “doidões”, os meninos eram hippies e eu era novo. Era todo mundo muito louco, diferente de mim. Eu era superformal, e participar daquilo abriu muito a minha cabeça para todos os sentidos, como os sexuais e musicais, uma visão de mundo. Comecei a ir nos festivais de verão, ver as bandas e aquilo começou a me inspirar. Nesse momento pensei: “Esse negócio de música erudita não é para mim”. Em Dublin, descobri que gostava de compor, começaram a sair as minhas primeiras músicas, feitas por e-mail, com o meu irmão Lucas. Mandava as melodias, e ele colocava a letra. Nossa parceria começou on-line.

E como foi morar com hippies?

Foi maravilhoso. Eles me ensinaram a olhar a música de um ponto de vista diferente - de gente que fuma maconha. Eles não estavam preocupados com as notas. Me ensinaram a olhar como a música pode ser bonita, tocar as pessoas e emocionar. Comecei a ficar mais intuitivo com a música. A gente tocava na rua e ganhava dinheiro para pagar o aluguel que era muito caro. Era uma banda de seis pessoas, eu tocava violino e chegamos a gravar um disco que era vendido para os turistas. Foi uma época muito legal da vida, me tirou da proteção de família muito estruturada e me deixou mais livre.

Você teve experiência com drogas?

Maconha, LSD... E não tenho vergonha de falar sobre isso. Acho que esse é outro tabu que os artistas não falam, porque vão perder patrocínio de uma marca. Quem já usou ou usa não fala sobre isso, e as pessoas se informam menos. Hoje estou numa fase supercareta, mas porque escolhi ficar assim. Vivo um momento muito corrido, tenho que dar conta, a voz não pode falhar, então é uma coisa consciente. Eu nunca tive problemas de vícios, droga. Para mim, nunca foi uma coisa de “eu preciso dela”. Tenho vários amigos com problemas de vícios e vejo a luta que é. Por isso, acho que é um tema para falar abertamente, tem pessoas que precisam ouvir sobre isso, saber seus limites, saber o que usar ou não.

Você é a favor da legalização das drogas?

Eu sou a favor da legalização e conscientização. Acho uma grande hipocrisia o álcool ser uma droga tão comercializada, com propaganda na TV. Ele faz muitas pessoas ficarem violentas, e as pessoas conseguem comprar. As pessoas são viciadas em remédios, por que não se fala da indústria farmacêutica? Acho que é uma grande hipocrisia que precisa acabar.

O cantor Silva acaba de lançar o álbum "Brasileiro" e faz turnê pelo Brasil. (Vitor Jubini)

E na volta a Vitória, o que você faz?

Voltei completamente perdido. Foram horríveis os primeiros meses, não queria terminar a faculdade, não estava me enxergando nisso e não sabia o que fazer da vida. Nesse momento veio a parte boa, porque comecei a ficar muito em casa, e começaram a sair as músicas. Minha mãe conseguiu me convencer a me formar no violino. E fui virando o Silva. Era um menino que não sabia o que faria no momento, mas comecei a ter confiança. Em 2010, conheci André Paste, e ele acabou me salvando daquele momento. Eu não queria mostrar minhas músicas pra ninguém, mas ele me incentivou muito a lançar todas. Lancei meu trabalho na internet, e minha vida como cantor começa aí. As gravadoras começaram a me procurar; foi uma loucura. Imagina, eu não tinha nada e, de repente, gravadoras disputavam o meu contrato.

Como isso ficou na sua cabeça?

Uma loucura. Eu sou muito pé no chão, até hoje. Gosto de ir para o palco, ver gente me vendo, aplaudindo, e voltar para casa e ser uma pessoa normal. Não gosto de gente me bajulando. Isso para mim foi uma loucura, porque nunca me enxerguei como “o” artista. Tenho até dificuldade com esse título, artista é muito além. Eu me considero um músico que gosta muito de cantar. Então, quando vi essa coisa de contrato da indústria musical, dei uma pirada. O meu irmão me ajudou muito, ele é mais velho que eu, e tinha uma bagagem para intervir. Nesse momento eu assinei contrato com a Slap/Som Livre e estou com eles até hoje.

Você sempre foi músico, toca vários instrumentos. Quando se reconheceu como cantor?

Comecei a fazer as minhas músicas próprias, lancei e coloquei o meu nome de Silva. Não queria usar Lúcio, queria um nome até que me escondesse mais. Já cantava, era afinado, mas era muito tímido para colocar a voz para fora, e na hora de cantar eu não conseguia, ficava com vergonha. Levou um tempo até me enxergar cantor. No primeiro disco me enxergava produtor, músico e compositor. Minha voz era como se fosse um instrumento. Depois vieram os shows que nunca tinha feito na vida, e encarar as pessoas era um terror. Eu nem falava com o público. Fui descobrindo um prazer nisso,

comecei a gostar de me apresentar e de trocar essa energia com as pessoas. Comecei a não me cobrar tanto e a não me levar a sério. Passei a me achar melhor cantor.

E como surgiu a ideia de fazer o álbum no qual faz versões para músicas de Marisa Monte?

Fiz um programa de TV chamado “Versões” no canal Bis, eles me deram a liberdade para escolher o artista que faria a homenagem. Escolhi Marisa porque amo o trabalho dela, e meio estrategicamente, porque tinha vontade de conhecê-la. Imaginei que isso, de alguma forma, poderia me aproximar dela, e deu certo. Marisa soube do programa, me escreveu um e-mail superelegante, e começamos a nos falar.

Quando fui ao Rio de Janeiro, um tempo depois, fui à casa dela, e acabamos ficando muito amigos. Já fizemos músicas juntos. Ela tem uma coisa que eu não tive, que é a autoestima muito elevada, uma coisa bonita de se ver. Marisa é segura de si. Eu tinha medo, achava que era errado gostar de mim e me sentir bom. Hoje em dia eu não tenho vergonha de assumir, e isso me deixa forte. O trabalho com ela me amadureceu muito como cantor. O repertório é puxado, ela bebe da fonte do samba, tem melodia muito rebuscada. Então, para cantar preciso estudar as melodias mais complexas, e isso me forçou a trabalhar mais a voz, comecei a cantar em casa, exercitar e cuidar da voz, o que não fazia. Eu fumava no dia que ia fazer o show e não estava nem aí. Comecei a ficar mais cuidadoso, eu aprendi a cantar.

E depois vieram encontros com outros mestres, como Gilberto Gil, Caetano Veloso...

Com Gil foi um encontro rápido. Fiz uma homenagem a ele tocando voz e violão num evento da União Brasileira de Compositores. Ele amou e ficou muito emocionado, disse que eu tocava bonito. O Caetano encontrei mais vezes, já fui a festa de aniversário na casa dele, já ficamos no sofá conversando sobre música. E é um privilégio muito grande alcançar essas coisas, eu não sou muito da mídia, de fazer esse jogo de aparecer o tempo inteiro. Quando apareço, é sempre por algum motivo, tem sempre a ver com a música. Não tenho vergonha em expor a minha vida pessoal, não me escondo, mas também não coloco em outdoor. Uma das partes mais legais de ser músico é conhecer e eventualmente trabalhar com quem você ouviu a vida toda. É um presente.

Em que momento você se reconheceu famoso?

Demorei um pouco. Eu sou muito tranquilo, não evito ir aos lugares ou sair, continuo fazendo as mesmas coisas que fazia. A última vez que pensei “Opa, o negócio está ficando sério”, foi nesse último carnaval, quando fui para o Centro de Vitória e não consegui ficar 20 minutos. Toda hora tinha alguém pedindo para tirar foto. Não consegui aproveitar.

O assédio te incomoda?

Quando é assédio só porque “ele é famoso”, como já ouvi, incomoda sim. Para mim, o trabalho está acima de mim. Eu amo quando a pessoa vem e me fala: “Eu adorei o seu disco, sua música me faz bem, adorei o seu show”. Me sinto lisonjeado em saber que a pessoa parou para me ouvir.

A impressão que tenho é que você era tímido e foi se “soltando” ao longo dos anos...

Estou numa fase muito boa. É um sofrimento quando você é tímido e tem um trabalho público, porque eventualmente você terá que fazer uma entrevista na televisão, e câmera não é uma coisa fácil. Hoje estou mais tranquilo, não tenho mais medo de foto ou de entrar no palco. Já é um alívio fazer o show e não ficar doente nos dias que antecedem de tão ansioso. Hoje eu consigo curtir, tenho prazer.

Em algum momento você pensou em desistir?

Em vários momentos. Mas eu sabia que não iria conseguir correr da música, ela sempre foi o grande negócio da minha vida.

Você faz terapia?

Faço. Agora estou um pouco parado, por causa da correria da turnê. Mas é uma coisa que não abro mão. Faço há cinco anos e ela mudou a minha vida completamente. O jeito que estou hoje e o equilíbrio que estou encontrando pra viver profissional e pessoalmente, encarar esse monte de coisas, sem terapia eu já teria dado uma surtada.

Como você conheceu o seu namorado?

A gente se conheceu no Centro de Vitória, num samba, há três anos. Vitória faz coisas boas. (risos)

Você acredita em fidelidade e monogamia?

Acredito que funciona para algumas pessoas. São dois conceitos diferentes. Fidelidade depende do trato que você tem com a pessoa, o que está combinado. Estamos num mundo que está permitindo falar isso, tenho vários amigos que têm uma relação aberta, mas ainda não cheguei a

essa maturidade. Acho bonito quem consegue. Isso é muito pessoal, tem gente que não consegue viver assim. É o jeito que ela encara a vida e vai ter que achar uma relação monogâmica que se encaixe com ela.

O clipe “Feliz e Ponto” o exibe num triângulo de beijos e abraços com uma garota e outro homem...

Queria abordar a questão do poliamor, que não se falava tanto, e foi ótimo. Para mim, foi um divisor de águas, porque eu nunca tinha exposto nada da minha vida, ninguém sabia quem eu namorava ou o que eu gostava e o que eu não gostava. E mesmo sendo tímido eu tinha um apelo sexual, as pessoas faziam comentários muito sexuais nas minhas fotos e vídeos. Foi um momento que falei: “As pessoas precisam se conectar com a minha pessoa um pouco”. Dar essa informação de quem eu sou foi muito bom, me desconstruiu daquela coisa de menino bom, que as avós dos meus amigos sempre adoraram.

Já sofreu por amor?

Muito, eu vivo sofrendo. E isso vira música, vira show.

Você se considera um romântico?

Eu sou bem romântico, adoro falar de amor. Não sou muito meloso, sou canceriano.

De quem você é fã?

De muita gente. Como do João Gilberto, que está num momento difícil da vida, e eu fico com muita pena, por ele ser o artista brasileiro mais importante que temos. É um cara que eu fico com medo de ele morrer e eu não o conhecer. Provavelmente eu não vou, porque ele é uma pessoa difícil de se ter acesso. É um cara que vou sofrer muito quando morrer. Também sou muito fã do Caetano, da Marisa Monte, da Anitta, da Maria Gadú.

Você se acha bonito?

Hoje me acho bonito, e isso demorou para acontecer. É uma coisa que percebi, autoestima é algo que não depende de um padrão, não sou do padrão. Eu gosto bastante de mim.

O que você quer para o seu futuro?

Quero paz na vida. Chegar num momento que consiga fazer tudo com muita lucidez. Nesses últimos dias estou trabalhando demais, não estou reclamando, mas quero chegar no momento de fazer o que eu faço com mais estrutura. Hoje tenho que pensar em várias coisas, e a cabeça fica sobrecarregada. Não quero cansar de fazer música.

Alguém ainda te chama de Lúcio?

Minha mãe quando briga comigo. E as pessoas em casa também. Mas, para a grande maioria das pessoas, hoje eu sou o Silva.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais