Um estudo da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, divulgado nesta quinta-feira (03), revelou que mulheres que comem poucas frutas e muito fast-food levam mais tempo para engravidar e têm menor probabilidade de iniciar uma gestação em um período de um ano.
Ao analisar o impacto da dieta na infertilidade, os pesquisadores identificaram que, para as mulheres que consumiam menos frutas, o risco de não conseguir gerar um bebê passou de 8% para 12%. Já a ingestão constante de fast-food por quatro ou mais vezes por semana fez com que o risco de infertilidade passasse de 8% para 16%.
5.598 MULHERES ANALISADAS
Segundo a pesquisa, mulheres que ingeriram frutas de uma a três vezes no prazo de um mês demoraram mais para engravidar na comparação com aquelas que haviam comido fruta três ou mais vezes por dia no mesmo período.
Esses resultados mostram que ter uma dieta de boa qualidade, que inclui frutas e minimiza o consumo de fast-food, melhora a fertilidade e reduz o tempo para conseguir engravidar afirmou Claire Roberts, pesquisadora que coordenou o estudo.
No total, foram analisadas 5.598 mulheres no Reino Unido, na Irlanda, na Nova Zelândia e na Austrália. As gestantes, que estavam na primeira gravidez, foram entrevistadas por parteiras que perguntaram sobre suas dietas. Entre as participantes, 94% não tinham recebido tratamento de fertilidade.
Foram considerados fast-food alimentos como pizza, frango frito, batata frita e hambúrguer, comprados em lanchonetes ou deliveries. Comidas como essas compradas no mercado e consumidas em casa não foram levadas em consideração.
Ajustamos as relações com a dieta pré-gravidez para levar em conta vários fatores conhecidos por aumentar o risco de infertilidade, como índice de massa corporal (IMC) e idade materna, tabagismo e consumo de álcool. Como a dieta é um fator modificável, os resultados apontam a importância de considerar a dieta anterior à concepção para respaldar uma gestação no tempo ideal para as mulheres que planejam engravidar afirmou Jessica Grieger, autora principal da pesquisa.
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