Até, digamos, pouco mais de nove meses atrás, os planos dela não incluíam troca de fraldas, amamentação, compra de berço... Ter um bebê nunca foi um sonho para a empresária Maria Luiza Furtado, 28 anos. Mas foi só segurar o Bernardo pela primeira vez que ela sentiu que nasceu para isso: ser mãe.
A gravidez chegou para Malu de repente. Foi inesperada, acidental, fora de hora. Enquanto a barriga crescia, ela foi passando do choque para o encantamento, do desespero para um amor doce e puro.
Histórias assim mostram o poder de transformação da maternidade, mesmo quando ela não é esperada ou desejada.
A notícia
Quando descobri que estava grávida, fiquei surpresa. Estava noiva havia cinco anos, mas não estava em nossos planos engravidar. E ainda minha empresa passava por um momento de reestruturação que dependia exclusivamente de mim. Comecei a sentir muito sono. Fiquei o mês inteiro praticamente sem conseguir trabalhar, de tanto sono. Se deixassem, eu dormia o dia inteiro. Vi que não era normal, até porque sempre fui muito ativa. Fiz o teste e não deu outra: estava grávida de seis semanas. Fiquei desesperada, liguei para minha amiga e fui fazer o beta (exame de sangue de beta HCG, método diagnóstico de gravidez), que confirmou a gravidez.
Sonho
No início, quando soube, fiquei bem preocupada, pois eu teria uma grande responsabilidade. E não sabia se eu estava preparada para isso. Meu noivo, na época, ficou feliz da vida com a notícia. Mas ter um bebê nunca foi um sonho para mim. Sempre gostei de crianças, só que não sentia aquela vontade de ter filhos. Mas aconteceu.
Sentimentos
Até o último dia de gravidez eu estava preocupada, pensando em como seria depois do parto... Achava que a empresa não funcionaria sem a minha presença. E não me sentia mãe. Todo mundo fala do amor da maternidade, e eu não tinha esse sentimento ainda.
A preparação
Ao longo da gestação, automaticamente o psicológico já vai se preparando aos poucos. Trabalhei até o último dia da gestação. E foi bom porque consegui reestruturar a empresa inteira para minha ausência.
O nascimento
Bernardo nasceu no dia 16 de abril. E tudo se encaixou. Quando coloquei meu bebê no peito pela primeira vez, quando olhei para o rostinho dele, todo bonitinho e perfeitinho, ali caiu a ficha. Veio um sentimento inexplicável do que é ser mãe. Bernardo veio para melhorar nossa vida.
Bênção
Ter um filho me trouxe uma felicidade e uma paz que fazia muito tempo que eu não tinha. Hoje não me vejo mais sem ele. É um prazer para mim acordar de madrugada e dar de mamar. Adoro ver o rostinho dele. É um bebê muito tranquilo, dorme bem, mama bem e quase não chora. Uma bênção em nossas vidas.
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