No inverno, a preocupação com as doenças respiratórios aumenta. E não é por acaso. Nessa época do ano, é comum a baixa umidade do ar, as alterações bruscas de temperatura e o aumento da poluição atmosférica pela menor dispersão dos poluentes no ar. "Isso contribui para a piora das doenças alérgicas como rinite e asma. Além disso, as pessoas costumam ficar mais tempo em ambientes fechados e com pouca ventilação, o que favorece a transmissão de vírus, levando à gripe e resfriados, e bactérias, acarretando doenças como pneumonias e sinusites", explica a alergista Karla Delevedove Taglia-Ferre.
No caso das doenças infecciosas, crianças são mais vulneráveis por ainda terem um sistema imunológico imaturo e não terem completado seu esquema vacinal. "Bebês não amamentados no seio materno também têm maior risco de doenças respiratórias, pois o leite materno é uma importante fonte de fatores de proteção", explica a médica.
Nesta época do ano, é mais comum que bebês e crianças possam enfrentar problemas como resfriados e gripes, sinusite, rinite alérgica, otite, pneumonia, asma, entre outros. Por isso, alguns cuidados são imprescindíveis para prevenir essas doenças. Manter a carteira de vacinação em dia é um deles.
"As crianças ainda não são foco da vacinação contra a Covid-19, mas há uma série de outras vacinas que não podem ser esquecidas e podem evitar outras doenças respiratórias. A vacina contra gripe é aplicada em crianças entre 6 meses e 6 anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) anualmente. Então, é fundamental procurar uma unidade de saúde e manter a carteira de vacinação em dia", diz o pediatra Ramon Minarini, da Samp.
Também é importante que as crianças estejam hidratadas, mesmo nos dias mais frios. As mucosas da narina e boca ressecam mais durante o inverno, e o muco pode se tornar mais espesso. "Manter a hidratação é importante para melhora da dinâmica respiratória, manutenção de um muco mais fluido, e assim, redução dos riscos de infecção e alergias respiratórias. Além disso, outros órgãos como a pele também sofrem com o frio e a secura do ar. A ingestão adequada de água também ajuda a manter a pele elástica e macia, a manutenção da temperatura corporal, entre outra funções importantes no nosso corpo", diz a médica Karla Delevedove Taglia-Ferre.
Sempre vale lembrar que locais fechados, com pouca ventilação e grandes aglomerações de pessoas, aumentam o risco de contrair essas doenças.
A pediatra Daniella Pelegrine, do Vitória Apart Hospital, conta que as doenças ligadas ao sistema respiratório tendem, normalmente, a aumentar até 40% durante o inverno. "Em simultâneo, o isolamento social reduziu esse percentual ao longo dos meses anteriores à estação mais fria do ano, por conta do isolamento social, já que muitas também tem origem viral e são contagiosas".
Doenças virais – incluindo a Covid-19 e gripes comuns – podem se agravar, gerando, por exemplo, uma pneumonia bacteriana. "Há inflamações que podem ter origem viral ou bacteriana, ou deixar de ser viral para se tornar bacteriana, como faringites, laringites, infecções de garganta em geral, entre outras", explica a médica.
O pediatra Ramon Minarini diz que as crianças, cujo sistema imunológico ainda é imaturo, são mais propícias a sofrerem com as principais doenças da época como resfriado, gripe, sinusite, crise asmática, bronquiolite e pneumonia.
As crianças abaixo de dois anos têm maior risco de adquirir o vírus respiratório. "Nessa idade, além de questões ligadas ao sistema imunológico, o calibre das vias aéreas é menor. Assim, a inflamação do bronquíolo provoca um estreitamento grande para a passagem do ar, o que aumenta a resistência e exige maior esforço respiratório para o ar entrar e sair dos pulmões", explica o pediatra.
Os médicos listaram algumas dicas essenciais que os responsáveis devem estar atentos.
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