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Drink com álcool gel: conheça os riscos da atitude dos peões da Fazenda 12

Drink com álcool gel: conheça os riscos da atitude dos peões da Fazenda 12

O ocorrido da última festa na Fazenda deu o que falar e chamou atenção para a importância do assunto. Especialistas apontam os perigos de ingerir produtos não apropriados para o consumo

Publicado em 1 de outubro de 2020 às 09:01

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Mariano e Lipe Ribeiro da Fazenda 12 fizeram drink de álcool em gel, beberam e ofereceram aos colegas.
Mariano e Lipe Ribeiro da Fazenda 12 fizeram drink de álcool em gel, beberam e ofereceram aos colegas. (Reprodução PlayPlus/Record)

Na festa realizada em “A Fazenda 12” na última sexta-feira (25), os peões Mariano e Lipe Ribeiro deram o que falar nas redes sociais após improvisarem um drink com álcool gel depois que toda a bebida alcoólica da festa havia acabado. Além de tomarem a mistura, os rapazes ainda ofereceram aos colegas do reality que brincavam na piscina. Por conta do comportamento dos dois, todos os peões foram penalizados e ficaram sem água encanada por 48 horas.

O momento de visibilidade do tema está sendo utilizado para alertar sobre os riscos de ingerir o chamado “álcool substituto”, termo que classifica os produtos que contêm um tipo de álcool que não é apropriado para consumo humano, como álcool em gel, perfume e até produtos de limpeza.

O drink com álcool gel foi o ápice dos episódios que vêm ocorrendo de consumo abusivo de álcool pelos peões, e que tem exposto os participantes a situações delicadas, inclusive para a própria saúde. “O consumo de bebidas feitas com álcool substituto é perigoso e pode trazer consequências sérias à saúde, mesmo quando ingeridas em pequenas quantidades”, alerta a médica Erica Siu, vice-presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA).

“Em pequenas quantidades, o álcool promove uma desinibição, mas com o aumento do consumo o indivíduo passa a apresentar falta de coordenação motora, uma diminuição da resposta aos estímulos, fala pastosa e redução da capacidade de tomar decisões racionais ou de discernimento, podendo chegar, em casos extremos, à inconsciência e coma alcoólico”, explica a médica.

DANOS AO ORGANISMO

Nutricionista Brenda Reglin alerta que os perigos vão além da intoxicação.
A nutricionista Brenda Reglin alerta que os perigos vão além da intoxicação. (Arquivo pessoal)
Aspas de citação

O álcool para limpeza pode conter substâncias tóxicas (compostos sanitizantes) que podem levar a danos severos ao organismo, com consequências inesperadas, e até à morte

Brenda Reglin
Nutricionista
Aspas de citação

Brenda Reblin é nutricionista há 12 anos e alerta que os riscos da ingestão dos produtos para o organismo vão além da intoxicação. Segundo ela, como o próprio nome diz, se o produto é para fins sanitários, não deve ser ingerido por humanos. “É indicado para uso externo. Para ingestão, temos a bebida alcoólica, que, vale lembrar, é feita com álcool e outros ingredientes, nunca somente álcool”, salienta.

A profissional ressalta que o álcool utilizado para limpeza e desinfecção é um produto que tem cerca de 70% a 100% de álcool. Enquanto uma cerveja, por exemplo, tem em média 5% de álcool. “Essa quantidade excessiva de álcool maximiza os efeitos nocivos do álcool, como sedação , irritação de mucosa do sistema gastrointestinal, dor de cabeça, vômito, falta de ar, perda de coordenação e diminuição do tempo de reação”, pontua.

Brenda chama atenção ainda para o fato de que os peões já haviam ingerido determinada quantidade de bebida alcoólica antes de tomarem os “drinks” feitos com álcool para limpeza. “O indivíduo está colocando sua saúde em risco. Esse comportamento é comum em pessoas que sofrem de dependência do álcool, complementa.

“Além disso, o álcool para limpeza pode conter substâncias tóxicas (compostos sanitizantes) que o inviabilizam para consumo humano e podem levar a danos severos ao organismo, com consequências inesperadas, e até a morte”, finaliza.

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