As medidas adotadas para o combate à Covid-19 trouxeram uma nova realidade para boa parte da população mundial. Entre as mudanças na rotina estão o uso de máscaras, o trabalho e ensino remoto e, principalmente, o isolamento domiciliar, para tentar reduzir a circulação do vírus. Se antes os hábitos de ficar sozinho e evitar compromissos eram tidos como incomuns, agora são deveres e responsabilidade social de cada um. Mas afinal, apesar da quarentena, as pessoas que gostam de ficar sozinhas são naturalmente antissociais ou apenas fazem uma escolha? Isso é necessariamente uma característica ruim?
Segundo a psicóloga e comentarista da Rádio CBN Vitória, Adriana Müller, se a opção por ficar sozinho em determinados momentos resulta em momentos de autoconhecimento, há a chamada solitude. Ou seja, não há problema em ficar com a própria companhia.
Por outro lado, de acordo com a psicóloga, em entrevista ao jornalista Fábio Botacin durante o quadro CBN e Família desta terça-feira (1), "em casos extremos é preciso procurar um médico, conversar sobre o assunto".
"É uma reflexão muito importante. A gente precisa entender se o ato de ficar sozinho é confortável para cada um, como se tivéssemos um termômetro de sentimentos, que indicaria se sentimos tristeza, desconforto", disse Adriana Müller.
A psicóloga explica que o momento vivido, responsável por quase seis meses de isolamento domiciliar, ao menos puderam promover a "avaliação" sobre o que sentimos quando ficamos sozinhos.
"Os meses pelo menos propuseram um olhar para nós mesmos, entender quais são nossas particularidades. Acho que após esse período podemos fazer essa avaliação", completa.
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