Você já não é mais um garoto. Anda mal-humorado, irritado, dormindo mal, num desânimo sem fim. Muitas vezes, sem vontade até para o sexo. Já parou para pensar que podem ser seus hormônios?
Sim! Problemas hormonais não são uma exclusividade feminina. Se o corpo não está funcionando como deve, ele vai dar algumas pistas. E esses sintomas são comuns também em quem está na andropausa.
A disfunção androgênica do envelhecimento masculino, a Daem, como os médicos chamam a andropausa, pode atingir em torno de 20% da população masculina a partir dos 50 anos, principalmente.
É uma espécie de menopausa, mas com algumas diferenças. Na menopausa, a mulher para de produzir hormônios sexuais. Já na Daem, o homem não para de produzir seu hormônio sexual, que é a testosterona. O que ocorre é uma diminuição progressiva dele, explica o urologista Bruno Baracho.
Nem todos os homens se atentam para esses sintomas, até que essa queda na produção de testosterona começa a prejudicar a relação do casal. Geralmente, eles procuram um médico quando estão com dificuldade de ereção, com pouco desejo sexual, com pouco volume na ejaculação, por exemplo, aponta Baracho.
REPOSIÇÃO
Mas graças à medicina, esse verdadeiro drama tem solução, que passa pela reposição hormonal. Aquela imagem do senhor ranzinza, deprimido, barrigudo, com pouco cabelo, não precisa existir. A reposição de testosterona, quando bem indicada, melhora muito a qualidade de vida do homem. É extremamente benéfica, observa o médico.
Nem todo homem, quando envelhece, terá essa redução drástica na testosterona. Tenho pacientes de 90 anos que nunca tiveram esse problema. E outros com 45 que precisaram de reposição hormonal, afirma Baracho.
Como ele disse, essa reposição precisa ser bem indicada. O que acontece hoje é que homens jovens estão usando testosterona para ganhar músculo. Com isso, acabam perdendo a produção do próprio corpo, explica.
QUEIXAS
Para saber se a causa de tanto desconforto é a testosterona, não basta um exame, como lembra o urologista Fernando Ferreira Chagas. É preciso, além dos exames, constatar se há uma ou duas queixas, como sonolência, irritabilidade, entre outras.
Nesses casos, diz o urologista, a testosterona pode ser necessária para o resto da vida. Ela pode ser via injeção mensal ou a cada 90 dias. Ou ainda por um gel diário, comenta.
O produtor rural Eduardo Pratti viu sua vida mudar para melhor depois da reposição, que ele teve que começar cedo, antes dos 40 anos. Eu tinha 38 anos e problemas de fertilidade. Também não tinha desejo sexual. Procurei um médico e descobri que tinha iniciado uma andropausa, conta.
Pratti faz o tratamento há cinco anos. Minha vida melhorou muito. O homem tem que se cuidar.
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