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No carnaval, a moda é glitter biodegradável

No carnaval, a moda é glitter biodegradável

Marcas apostam em purpurina que não polui o meio ambiente

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 00:23

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Produto que embeleza a folia tem impacto na natureza. (Shutterstock)

O glitter reina quase absoluto no carnaval. Na maquiagem, nos cabelos, no corpo todo, ele ajuda a tornar a festa mais colorida e divertida. Mas nem todo mundo que adora brilhar na folia sabe que esse produto é um vilão para o meio ambiente.

O glitter tradicional e a purpurina são feitos de um tipo de microplástico que não se decompõe na natureza. O problema é que, quando a pessoa toma banho, as partículas vão pelos ralos até chegar aos oceanos e, fatalmente, aos peixes.

Não demorou para a onda ecológica chegar ao glitter. Alguns lugares começaram a proibir a produção e venda desses produtos, como é o caso da Califórnia, nos Estados Unidos. No Reino Unido, já há uma lei que barra a fabricação dele. Antenadas, algumas marcas brasileiras começaram a lançar opções naturais, biodegradáveis, que logo se tornaram tendência.

SEM IMPACTO

As sócias Maíra Inaê e Noemi Puig fundaram a Glitra após irem ao festival americano Burning Man e perceberem que lá o glitter é proibido por causa de seu impacto ambiental. Elas desenvolveram uma tecnologia para produzir a purpurina a partir de um filme à base de celulose de eucalipto renovável - e não plástico, como o convencional.

A empresa Lá do Mato Saboaria criou um glitter natural feio à base de carvão vegetal. A marca afirma que faz um pigmento 100% natural e biodegradável. “Colocamos um pouquinho de mica perolada que é um pigmento de origem mineral, para dar brilho, e a base é feita de gomas vegetais”, explica em seu perfil no Instagram.

Feito a partir de algas e minerais, o glitter da carioca Pura Bioglitter é produzido artesanalmente com algas, pedras e corantes não nocivos ao meio ambiente. 

RAIO-X DO GLITTER

Do que é feito ?

O glitter é feito de micropedaços de plástico contendo alumínio, dióxido de titânio, óxidos de ferro e outros materiais metálicos de difícil decomposição na natureza e, por isso, causa danos ao ecossistema marinho.

Onde vai parar?

Uma pesquisa publicada em 2015 na revista Nature estimou que 8 milhões de toneladas métricas de plástico chegam anualmente nos oceanos.

ALTERNATIVAS

Biodegradável

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Marcas têm investido em glitter biodegradável, como os feitos à base de algas, pó de rocha, sal e celulose de eucalipto, com corantes alimentícios naturais.

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