Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. No mês da campanha Outubro Rosa, a mastologista e ginecologista da Samp, Neuzimar Rodolfo Serafim, esclarece mitos e verdades sobre a doença.
O autocuidado, o acompanhamento médico regular e o diagnóstico precoce continuam sendo os principais aliados na prevenção. Mas, ter acesso a informações corretas, entendendo o que é mito e o que é verdade, também auxilia no combate à doença.
Apesar de estudos relatarem aumentos ínfimos de risco para câncer de mama com o uso de anticoncepcionais orais com alta dosagem hormonal, estudos recentes com novas gerações desses medicamentos não comprovaram a associação entre o seu uso e o câncer de mama.
Ao fumar, são liberadas mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas. Pesquisas recentes levantam a possibilidade de que o fumo (tabagismo passivo e ativo) pode estar associado com um aumento do risco para câncer de mama, especialmente entre as mulheres na pré-menopausa.
Nenhum tipo de desodorante tem potencial de causar modificação no DNA, muito menos o uso constante de sutiã. O que pode acontecer com o uso de determinados desodorantes são fenômenos dermatológicos como alergias, irritações ou foliculites, sendo indicado descontinuar o uso.
Vários estudos demonstraram um pequeno risco aumentado para câncer de mama associado com terapia hormonal após a menopausa, principalmente após o quinto ano de uso. Outro efeito indesejado da terapia hormonal é o aumento da densidade mamária, que pode exigir exames complementares à mamografia (ultrassom ou ressonância magnética). É preciso discutir com seu médico os riscos e benefícios do seu uso para os sintomas da menopausa, devendo sempre levar em consideração outros potenciais fatores de risco associados ao câncer de mama, como a história familiar. Se possível, sua utilização não deve ser muito longa (acima de cinco anos).
As próteses de silicone produzidas com a finalidade de uso médico não causam câncer de mama, podendo ser utilizadas com segurança tanto em pacientes que desejam cirurgia estética quanto naquelas com história ou presença de patologia mamária precoce.
O consumo de álcool, mesmo em quantidades moderadas, está claramente associado ao aumento do risco para desenvolver câncer de mama de maneira proporcional à quantidade ingerida. Esse aumento do risco foi observado quando consumido em quantidade superior a 10 gramas diários, o que corresponde a cerca de um cálice de vinho tinto cheio, uma lata de cerveja ou uma dose de uísque.
A amamentação representa fator de proteção para o desenvolvimento da doença, especialmente quando ocorre entre os 20 e 30 anos da mulher.
Hereditariedade é fator de risco para casos de câncer de mama, mas não o principal fator de risco. Estudos comprovam que apenas 5% dos casos têm em sua base uma composição genética familiar. Você deve ficar atenta se tiver casos de câncer de mama na família envolvendo mulheres abaixo dos 50 anos.
O excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular. Dessa forma, a gordura contribui para a formação e a progressão de diversos tipos de câncer, entre eles o de mama. Alimentação saudável e prática regular de atividade física são aliados na prevenção ao câncer de mama.
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