Você já experimentou cozinhar com azeite, deixando o óleo de lado? Se a resposta for sim, provavelmente há um conhecimento por trás dessa estratégia, visando, principalmente, as melhorias na saúde. Mas se a resposta for não, saiba que é possível incluir o azeite, normalmente mais caro que o óleo, entre os ingredientes fundamentais no preparo do almoço, por exemplo. Entre variados preços, diferenças na produção e melhorias na saúde, qual o melhor azeite para usar? Saiba como fazer uma boa escolha na hora de comprar o produto.
A nutricionista Roberta Larica explica: azeite virgem difere do azeite extravirgem não apenas no preço, mas na qualidade e no momento ideal para utilização.
Portanto, segundo a nutricionista, somente os azeites com menos de 0,8% de acidez são considerados extravirgens, aqueles que fazem muito bem à saúde. Os demais, cujo percentual de acidez é superior, são considerados azeites virgens. Os números refletem no grau de refinamento do líquido.
Em entrevista ao jornalista Mário Bonella, apresentador do programa CBN Cotidiano, da CBN Vitória, a nutricionista e comentarista do quadro Boa Mesa CBN explicou que o azeite extravirgem, o mais caro, deve ser usado apenas na finalização dos pratos, como em uma salada, por exemplo. Já o mais barato, o virgem — com acidez maior, pode e deve ser usado para cozinhar os alimentos.
"O melhor é cozinhar usando o azeite. Mesmo que o líquido perca qualidades quando em altas temperaturas, continua sendo indicado o uso do azeite. Mas use o virgem, não o extravirgem", reforça.
A primeira dica é: procure uma garrafa que seja escura e que esteja no escuro. É isso mesmo, você não leu errado. A luz influencia na qualidade do líquido. "Dê preferência à garrafa do fundo da prateleira. Azeite é sensível à luz. A luminosidade pode afetar a qualidade do azeite", comenta Roberta Larica. A dica se estende ao uso do azeite em casa. O recomendado é colocar em local fresco, arejado e longe da luz do sol. E sempre que possível, comprar um azeite que não esteja em uma embalagem transparente.
Como a nutricionista explicou, o azeite pode ser considerado extravirgem quando tiver um nível de acidez igual ou inferior a 0,8%. Roberta Larica reforça que os melhores azeites, aqueles que promovem mais saúde, estão abaixo de 0,5% de acidez.
Ao comprar um azeite, olhe a data de produção. Quanto mais jovem for aquele azeite, maior a concentração dos polifenóis — micronutrientes que fazem bem para o organismo. Quanto mais velho, maior o tempo para oxidação.
Além da data de fabricação, procure saber o local de produção. Isso pode determinar possíveis alterações no conteúdo do azeite. "Se há uma pequena distância entre o local de produção e o local de envasamento, menor a chance de uma fraude. Mais difícil que tenham adicionado óleo ou qualquer outra solução entre os dois processos, que podem ser feitos em países diferentes. É uma dica importante", afirma Roberta Larica. A nutricionista lembra que o Ministério da Agricultura realiza inspeções, mas que alguns produtos podem fugir do que é determinado como ideal para o comércio.
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