Ao longo de quatro meses aprendemos que a máscara tem um papel muito importante no enfrentamento da pandemia do coronavírus. Mas para os adeptos da atividade física uma dúvida ainda paira no ar: qual o melhor tecido para a hora da malhação, da corrida ou da caminhada?
Não existe uma regulamentação para as máscaras, só recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Entre elas a de que o elástico tem que ser resistente e que o usuário não pode ter dificuldade de respirar com ela. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é: máscara de três camadas. Uma dupla camada de algodão, não muito pesado, e na camada central, TNT, o tecido não tecido.
O infectologista Lauro Ferreira diz que as melhores máscaras são as feitas de algodão e com três camadas. "Particularmente gosto delas para a prática de atividades leves. Não gosto para os exercícios pesados, como bicicleta e corrida, porque umidifica e quando isso acontece ela se torna pouco eficaz. Perde a capacidade de filtrar as partículas. Para atividades pesadas é realmente desconfortável", concorda. Para esses casos, de uma atividade física mais intensa, o médico recomenda não usar máscara e praticar o exercício em um local isolado.
A infectologista Rúbia Miossi concorda e reafirma que a máscara produzida em tecido de algodão sempre foi a recomendada para a proteção das gotículas. "O ideal é que não seja feita de tecido sintético, porque permite respirar melhor. Aliás, a boa máscara é aquela que permite respirar melhor. Mas não pode ter um tecido de trama muito aberta ou furinhos. Indicamos a de algodão comum, sempre com tecido duplo, para evitar contato com as secreções". E lembra: "O acessório deve ser trocado a cada 4 horas e higienizado logo após o fim da atividade".
Escolhida a máscara, de preferência a que estiver mais confortável no seu rosto, é hora de tomar alguns cuidados. Um deles é na hora que for retirá-la do rosto. A dica é: faça sempre através do elástico. "Temos que preservar muito o elástico. O condicionamento e o encaixe no rosto depende dele ajustado ao rosto da pessoa. Se ele estiver frouxo ou preso demais acaba aumentando o desconforto e o risco de contaminação", diz a infectologista Polyana Gitirana.
A máscara tem que cobrir completamente a boca e o nariz. O nariz é uma das principais portas de entrada do vírus. "Ficar com ele de fora é completamente ineficaz. O sintoma respiratório pode contaminar o ambiente, não faz sentido", explica a Polyana. Além disso, quando ele fica exposto acaba estando em contato com a região externa da máscara, que é a mais contaminada, aumentando muito o risco de contaminação.
O tamanho correto da máscara também é um fator fundamental para a proteção. Para ser eficaz ela deve passar embaixo do queixo e acima do nariz. "Tem que estar numa posição confortável, não pode ser folgada demais e nem puxando a orelha para frente. A lateral tem que ter dois dedos na frente da orelha", explica Rúbia Miossi. Como cada rosto tem um tamanho, o ideal é que se prove para escolher a mais adequada.
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