Desde a chegada do novo coronavírus ao Brasil em meados de março, uma parcela da população passou a ficar mais tempo dentro de casa. O trabalho, o lazer e até a rotina de exercícios físicos precisaram ser realizados no conforto do lar para garantir as medidas de isolamento, na tentativa de evitar o contágio e proliferação do vírus. Assim, a residência ganhou um novo significado para muita gente. Mas como lidar com essa nova realidade considerando a presença mais constante dos vizinhos?
Segundo a psicóloga e comentarista da Rádio CBN Vitória, Adriana Müller, a relação com os vizinhos deve ser baseada no respeito. O período de fim de ano que estamos vivendo é naturalmente um "momento de reflexão" sobre nosso comportamento de forma geral e em grupo - principalmente se você mora em um prédio ou conjunto residencial.
Este ano, em especial, as festas de fim de ano em meio a pandemia e sem a vacina, serão novos desafios desse restinho de 2020. Além da preocupação em conter a transmissão da Covid-19, será preciso conciliar as comemorações com quem mora ao lado.
Em entrevista ao jornalista Fábio Botacin durante o CBN e a Família, Adriana Müller acrescentou que o diálogo e evitar ser explosivo são as duas melhores estratégias para manter boas relações.
"Ficar dentro de casa não é algo exclusivo para uma pessoa. Não temos a possibilidade de sair de casa, funciona para todos nós. A melhor ideia é entender que isso vai passar. A gente não precisa fazer tudo hoje, agora, para já. Teremos momentos para festejar", explica.
De acordo com a psicóloga, no caso das crianças, os pais devem assumir a responsabilidade e orientar os pequenos.
"A criança não tem a maturidade de entender que minha liberdade termina onde começa a do outro. São conceitos muito abstratos", completa.
À CBN Vitória, Adriana Müller ainda detalhou alguns perfis de vizinhos. Confira:
"Algumas pessoas são mais reservadas, interagem menos, falam menos, não fazem tantos comentários. Esses vizinhos são mais contidos e não participam tanto. Normalmente ficam mais sozinhos", detalha.
Adriana lembra também dos mais agitados: "Aparecem mais na vizinhança, são pessoas que se mobilizam quando surge algum convite. São dispostas."
"Algumas pessoas preferem reclamar, têm esse perfil. Questionam, cobram, criticam, buscam sempre apontar onde estão os erros. O motivo é bom, procuram ajudar, mas o jeito de se relacionar é assim", diz a psicóloga.
São aqueles que se colocam à disposição dos vizinhos. A comentarista lembrou de alguns episódios ainda do início da pandemia, quando algumas pessoas deixavam bilhetes e recados nas portas dos vizinhos como forma de disponibilizar alguma ajuda. "Davam telefone e procuravam cuidar".
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