Pense em uma rodovia na "hora do rush", com um intenso tráfego de veículos, em que a maioria dos motoristas ultrapassa a velocidade máxima permitida. Nestes casos, há o risco de acontecer um acidente e o trânsito ser interrompido. Em toda essa "bagunça", o local mais seguro talvez seja o acostamento. O mesmo acontece com o pensamento acelerado, segundo a psicóloga e comentarista da CBN Vitória, Adriana Müller. O conjunto dos sintomas não forma necessariamente uma síndrome, mas se carateriza por aquele momento de muita ansiedade, quando muitos pensamentos ocupam a cabeça e não é possível lidar com as emoções.
De acordo com a especialista, a figura de linguagem ajuda a explicar a aceleração que atrapalha a nossa autonomia. Ela diz que o estado é mais comum e frequente que a gente imagina.
"Isso atrapalha nossa capacidade de análise, nossa memória, concentração foco e também como administramos as emoções. Cada pensamento traz um sentimento e não entendemos cada um. Esse pensamento acelerado pode causar ansiedade, mudança de humor, insatisfação", detalhou.
Mas não se assuste. Em entrevista ao jornalista Fábio Botacin durante o CBN e a Família desta quinta-feira (17), a comentarista, apresentou uma estratégia para sair desse caos e encontrar a tranquilidade nos pensamentos.
Adriana Müller diz que o ideal, assim como no trânsito de veículos, é ficar fora da pista, mas prestando atenção ao que acontece.
"Sempre que a gente tentar parar um pensamento na marra, sairemos perdendo. A melhor estratégia é ficar à "margem da estrada", olhando a fluidez dos pensamentos. A gente pode, por exemplo, focar em um pensamento e ver como se comporta", relata.
A psicóloga ainda acrescenta que o pensamento acelerado pode ter efeitos na qualidade do sono. Uma das dicas é "tirar de cena" o celular, já que a luminosidade da tela nos mantém mais ligados. "É preciso identificar o que causa os sintomas para nos protegermos", finaliza.
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