Com o fim do inverno, iniciam-se as estações mais quentes do ano, como a primavera e o verão, que são marcadas pelas altas temperaturas. Enquanto algumas pessoas amam esse período, outras detestam e, provavelmente, prefeririam que o frio continuasse por mais um tempo.
Mas o fato é que nessa época todos nós ficamos mais expostos à radiação solar, o que pode ser realmente prejudicial para a pele. Isso porque a exposição solar desprotegida pode favorecer o aparecimento de melanoses solares, conhecidas popularmente como manchas senis, que são marcas acastanhadas do tamanho de uma lentilha que surgem em locais como mãos, braços, rosto e pescoço. Isso ocorre porque a radiação solar estimula a produção de melanina, pigmento que dá cor à pele, levando assim à formação de manchas, explica Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Mas existem medidas que podem ser tomadas para prevenir o aparecimento dessas manchas, como usar diariamente um fotoprotetor. O uso diário de protetor solar é a única maneira de garantir que a pele esteja realmente protegida dos efeitos nocivos dos raios solares, que estão cada vez mais fortes. Mas é importante que o produto possua, no mínimo, FPS 30 e amplo espectro de proteção solar, para combater a radiação UVA e UVB, além de dever ser reaplicado a cada duas horas, diz Isabel Piatti, Consultora Executiva em Estética e Inovação Cosmética e conselheira do Comitê Técnico de Inovação da Buona Vita. É recomendado também que se evite a exposição ao sol durante os horários com maior índice de radiação ultravioleta, isto é, entre 10h e 16h.
E não adianta utilizar um filtro solar que proteja apenas contra a radiação UVA e UVB, afinal, o sol, assim como os dispositivos eletrônicos, também emite luz azul e luz visível. A luz azul também penetra em nossa pele e aumenta a produção de radicais livres, que geram um processo chamado de oxidação. A oxidação, por sua vez, estimula a produção de melanina, o que favorece o surgimento e o escurecimento das manchas, afirma o farmacêutico Maurizio Pupo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da ADA TINA Italy.
Por isso, é importante que o fotoprotetor também ofereça proteção contra os malefícios da luz azul, o que pode ser obtido através da escolha de produtos que contenham cor, que age como uma barreira física contra esse tipo de radiação, ou que sejam formulados com ativos antioxidantes, que vão atuar no combate aos danos causados pela luz azul. Uma ótima opção é o Biosole BB Cream FPS 60, da Ada Tina Italy, um protetor solar com cor e ação antioxidante que uniformiza o tom da pele com alta cobertura homogênea, reduz o surgimento de manchas e confere alta proteção contra UVA, UVB, Luz Azul e Luz Visível.
Para complementar a ação do fotoprotetor, vale a pena também apostar no consumo de alimentos que aumentem a proteção solar e antioxidante natural da pele, como as frutas vermelhas, que possuem antioxidantes e vitamina C, substâncias capazes de proteger a pele contra os danos do sol. As uvas pretas também são uma excelente opção, já que, além de possuírem propriedades antioxidantes que ajudam a bloquear os prejudiciais raios UV, também contam como Vitamina E, que mantém a pele hidratada, Vitamina C, que auxilia na revitalização das células da pele, e Resveratrol, um polifenol que tem ação anti-inflamatória, protetora do DNA celular e antioxidante, recomenda a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Porém, quem já sofre com manchas causadas pelo sol e gostaria de iniciar a temporada de calor sem essas alterações inestéticas pode optar por clareá-las através da realização de tratamentos em consultório, como a aplicação do laser Vektra QS, da plataforma Solon. Trabalhando com comprimentos de onda muito curtos, na faixa de nanossegundos, o laser do tipo Q-Switch age diretamente no alvo, fragmentando o pigmento que dá cor à pele em pequenas partículas que são imediatamente absorvidas e eliminadas pelo organismo, diz o dermatologista Dr. Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Segundo o médico, as melanoses também podem ser tratadas com o auxílio da luz intensa pulsada Expert Light, que possui alta performance no clareamento de manchas, pois atua em diferentes profundidades da pele, sendo capaz de concentrar fótons em comprimentos de onda específicos que agem diretamente na melanina. É possível ainda associar essas tecnologias ao drug delivery, aplicando diretamente na pele substâncias como o ácido tranexâmico, que age diretamente nos comunicadores celulares responsáveis pela pigmentação, bloqueando assim os processos inflamatórios relacionados a essas manchas, destaca.
Além disso, o tratamento também pode ser feito em casa através da combinação de ativos tópicos e orais. No tratamento tópico, além do uso de ingredientes despigmentantes como B-White, que age em todos os tipos de pigmentação, é importante também apostar nos ativos antioxidantes, como o OTZ10, um antioxidante capaz de neutralizar a ação do calor e melhorar a proteção biológica da pele.
Além disso, inclua em sua rotina também substâncias capazes de estimular a renovação celular. Já no caso dos ativos orais é interessante utilizar ingredientes que atuem na diminuição da inflamação da pele, como o FC Oral, explica a farmacêutica Mika Yamaguchi, diretora científica da Biotec Dermocosméticos. No mercado, existem diversas opções de cosméticos formulados com ativos clareadores, como o Luminance 5x, da Buona Vita, que tem ação cinco vezes mais potente no tratamento de manchas de diversas causas, pois possui uma combinação de ativos despigmentantes em sua fórmula que atuam em sinergia para controlar, proteger, modular, normalizar e iluminar a pele.
Porém, é importante ressaltar que cada princípio ativo tem características e propriedades específicas. Logo, o ideal é que, ao notar a presença de manchas, você consulte um dermatologista. Apenas ele poderá realizar um diagnóstico de sua pele e indicar o melhor tratamento para o seu caso, evitando assim uma possível piora do quadro, finaliza a Dra. Paola Pomerantzeff.
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