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Verão: saiba como não errar no uso do filtro solar

Verão: saiba como não errar no uso do filtro solar

É preciso reaplicar a cada duas horas, conferir o fator de proteção solar e  não esquecer de partes do corpo como orelhas, nariz, nuca, pés e mãos

Publicado em 11 de janeiro de 2021 às 05:01- Atualizado Data inválida

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Mulher passando protetor solar em criança
Em dias de sol na praia ou na piscina, o filtro deve ser reaplicado a cada duas horas. (Shutterstock)

O Sol é um grande aliado da saúde e na obtenção de vitamina D, mas os raios solares podem ser verdadeiros vilões e causar diversos problemas à saúde da pele, dentre eles o envelhecimento precoce e até o câncer de pele. Muita gente está ciente da importância do filtro solar na prevenção desses problemas, mas nem todo mundo sabe como fazer o uso correto do produto.

A dermatologista Ana Paula Galeão explica que o filtro escolhido deve ter proteção contra a radiação ultravioleta B (UVB), que é a mais comum e acontece após as 10 horas da manhã, mas também precisa contar com a proteção contra os raios ultravioleta A (UVA). “O fator de proteção solar (FPS) mais evidente no rótulo do produto é relativo à proteção UVB, é preciso estar atento às informações para garantir que o filtro solar também proteja contra os raios UVA, pois eles não são filtrados pela pele”, explica.

TIPOS DE PROTEÇÃO

Para o rosto, a Ana Paula aconselha o investimento em um protetor transparente e de consistência fluida. “O protetor com cor, quando aplicado em quantidade mais generosa, acaba causando um aspecto de 'reboco', o que faz com que as pessoas optem por aplicar uma quantidade inferior do que é necessário”, alerta.

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O protetor com cor, quando aplicado em quantidade mais generosa, acaba causando um aspecto de 'reboco', o que faz com que as pessoas optem por aplicar uma quantidade inferior do que é necessário

Ana Paula Galeão
Dermatologista
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Enquanto para o corpo, a dica da profissional é investir em roupas que contam com tecidos de proteção, principalmente para as crianças. “É muito mais eficiente estar com uma camisa adequada do que depender da reaplicação do protetor”.

QUANDO APLICAR

Um erro comum é achar que o protetor não é necessário quando não há exposição direta ao sol, como quando se está sob um guarda-sol, por exemplo. “É necessário usar mesmo na sombra, porque a areia e outras superfícies refletem o sol”, destaca Ana Paula.

Na praia ou piscina, em que a exposição é maior, o recomendado é passar o protetor antes de sair de casa. Quanto a reaplicação do produto, a profissional alerta para a importância de ser realizada sempre com a pele seca. “Quando aplicamos com a pele molhada, perdemos muito do produto, o que compromete o efeito”, afirma a dermatologista.

POSSO USAR O MESMO PROTETOR NO CORPO E NO ROSTO?

A dermatologista Patrícia Friço diz que não é proibido usar o protetor corporal no rosto, mas a diferença de textura entre os dois pode incomodar algumas pessoas. Como é para atingir uma área mais extensa, o filtro solar para o corpo tende a ser mais oleoso e costuma deixar a pele da face um pouco mais brilhosa. “Por mais leveza que tenha, o protetor solar para o corpo ainda é mais denso do que a versão facial, porque precisa garantir proteção à prova d'água e uma resistência maior - isso acontece devido ao extenso uso em praias e piscinas, onde a exposição ao sol é mais intensa”, explica.

A médica ressalta que esse detalhe pode influenciar também na fixação da maquiagem, que precisa de uma superfície sequinha para durar mais. A formulação mais oleosa dos protetores para o corpo é sentida principalmente por quem tem uma pele propensa à acne. Nesses casos, o mais indicado é procurar protetores não comedogênicos, isto é, que não entopem os poros. “Além deles, já existem no mercado produtos específicos para esse tipo de pele que possuem um toque seco e, inclusive, ajudam a controlar o brilho excessivo”.

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Como são pensadas unicamente para essa área, as fórmulas dos protetores de rosto costumam trazer mais que apenas proteção solar

Patrícia Friço
Dermatologista
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Além disso, usar protetores específicos para o rosto é mais vantajoso, porque eles garantem, também, benefícios para a pele. “Como são pensadas unicamente para essa área, essas fórmulas costumam trazer mais que apenas proteção solar. Alguns têm antioxidantes e ativos que ajudam na qualidade da pele, como o colágeno que age contra a flacidez, por exemplo”, pontua a dermatologista.

Também é importante não se esquecer das orelhas, do nariz, da nuca, dos pés e das mãos. “São áreas expostas e tão importantes como outras do corpo, elas também precisam de proteção solar. No dia a dia, o protetor pode ser usado a cada 4 horas, e na praia ou piscina, a cada 2 horas”, orienta Patrícia.

QUANTIDADE E FATOR DE PROTEÇÃO 

A dermatologista Brunela Tozzi recomenda que sempre seja utilizado um filtro solar com alto fator de proteção, maior ou igual a 50, tanto para o rosto quanto para o corpo. Além disso, é essencial se atentar para a quantidade de filtro correta para garantir a proteção indicada na embalagem.

“De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a quantidade de protetor solar indicada para cada parte do corpo é cerca de uma colher de chá de protetor solar no rosto, no pescoço e na cabeça. Uma colher de chá de protetor para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás. Uma colher de chá para cada braço e duas para cada perna. Quando não aplicamos corretamente, não atingimos aquele fator de proteção indicado no rótulo do produto”, ressalta.

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Maquiagens com filtro solares não servem, pois o fator de proteção delas é baixo e não possuem proteção UVA

Brunela Tozzi
Dermatologista
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Para quem tem algum tipo de mancha na pele como melasma, os filtros solares com cor devem ser considerados, mas sempre com alto fator de proteção também. “Fica um alerta que não servem as maquiagens com filtro solares, pois o fator de proteção delas é baixo e não possuem proteção UVA”. Brunela explica que para uma maior proteção, existem filtros solares orais que não substituem os cremes, mas são adjuvantes. "Esses também são indicados por dermatologistas". 

PROTETOR X MÁSCARA

Este é um verão atípico, por conta da pandemia e requer ainda mais uma proteção, o uso da máscara, que pode provocar espinhas. E a conciliação com o protetor pode impulsionar esse processo. “O calor já ajuda muito a estimular as glândulas que produzem oleosidade a ficarem mais ativas. A máscara abafada potencializa esse efeito”, pontua Brunela.

Para evitar esse fenômeno na sua pele (sem deixar de usar a máscara), a orientação da especialista é apostar em filtros solares específicos para a face. “Principalmente para quem tem tendência a uma pele mais oleosa, é importante ter uma rotina de skin care adequada para o seu tipo de pele, o que inclui o filtro solar. Inclusive, existem protetores que ajudam a controlar a oleosidade”, diz Brunela.

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