O açúcar refinado é um tipo de açúcar que passa por um processo industrial de purificação e branqueamento, resultando em cristais brancos e finos. Ele é amplamente utilizado na indústria alimentícia e está presente em diversos produtos, como bolos, biscoitos, refrigerantes, doces, molhos e até alimentos considerados saudáveis.
Apesar de seu sabor adocicado e popularidade, o consumo excessivo de açúcar refinado pode prejudicar a saúde, contribuindo para o desenvolvimento de doenças como obesidade, diabetes tipo 2, cáries dentárias e problemas cardiovasculares. Além disso, ele pode provocar picos de glicemia no sangue, aumentando a sensação de fome e estimulando o ganho de peso.
A retirada do açúcar refinado da alimentação pode causar diversas mudanças no organismo. Abaixo, Janaina Amaral, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera de Uberlândia, lista algumas delas!
Nos primeiros dias sem açúcar, é comum sentir irritabilidade e ansiedade. Isso ocorre porque ele estimula a produção de dopamina e endorfina, hormônios que geram a sensação de prazer. Ao retirar o açúcar, o corpo sente essa falta e aumenta a produção de cortisol, hormônio do estresse, causando irritabilidade.
O carboidrato é a principal fonte de energia do corpo, e o cérebro utiliza a glicose como combustível. Ao reduzir drasticamente o consumo de açúcar, é comum sentir dor de cabeça e irritabilidade, sintomas que tendem a desaparecer em cerca de três dias, quando o corpo se adapta a outras fontes de carboidrato.
Se a retirada do açúcar não for acompanhada de um ajuste calórico, é possível haver perda de peso, já que o açúcar é um alimento rico em calorias e com baixo valor nutricional.
Após o período de adaptação, os benefícios de uma vida sem açúcar começam a surgir. É comum sentir mais energia, redução da acne e celulite e diminuição da gordura corporal. A retirada desse carboidrato melhora também o funcionamento intestinal, pois restaura a parede intestinal, onde ocorre a absorção de vitaminas e minerais. Além disso, fortalece a imunidade, uma vez que evita que o açúcar se alimente das bactérias ruins do intestino, que, em desequilíbrio, podem prejudicar as defesas do corpo.
O corpo humano não precisa de açúcar refinado, mas de carboidratos complexos, presentes em alimentos como frutas, verduras e grãos integrais. O açúcar refinado, por sua vez, pode causar diabetes, doenças cardíacas e diminuir a absorção de nutrientes, além de estar associado a quadros de depressão e ansiedade. Esse carboidrato cristalizado também é fonte de “calorias vazias”, pois não contém nutrientes essenciais, por isso sua retirada da dieta não causa nenhuma perda nutricional.
Para evitar o consumo excessivo de açúcar, é importante saber identificá-lo nos rótulos dos alimentos. Por isso, fique atento a ingredientes como glucose, açúcar invertido e xarope de milho, que são diferentes formas de açúcar adicionado.
A redução do consumo de açúcar deve ser feita de forma gradual, para evitar crises de abstinência e outros efeitos colaterais. Uma boa estratégia é substituí-lo por adoçantes naturais, como stevia e xilitol, e priorizar o sabor natural dos alimentos, como frutas e leite integral.
Outras práticas, segundo Janaina Amaral, incluem cozinhar mais em casa, utilizando ingredientes frescos e naturais, e buscar a orientação de um nutricionista. “Reduzir o açúcar aumenta a disposição, melhora o bem-estar e previne doenças, promovendo uma vida mais saudável”, conclui a profissional.
Por Nicholas Montini Pereira
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