O colesterol é um conjunto de compostos gordurosos essenciais para o organismo humano, sendo importante desde a digestão até a produção de hormônios. No entanto, o seu controle também é fundamental, uma vez que quando ingerido em excesso pode acarretar diversas doenças cardiovasculares.
A médica Julia Machline Carrion, da epHealth, referência em tecnologia para saúde e pesquisas clínicas, reforça que o assunto precisa ser tratado de forma séria tanto pelo setor médico quanto pela população. “Não é apenas sobre aumentar ou diminuir um tipo de gordura, mas sim evitar complicações severas, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto”, diz.
Segundo o Ministério da Saúde, 30% das mortes que acontecem no Brasil anualmente são decorrentes de doenças ligadas a altos índices de colesterol , o que representa mais de 400 mil óbitos. Visando ajudar na diminuição desse número, a médica lista 5 maneiras de controlar o lipídio no corpo humano. Confira!
Por ser necessário ao organismo manter um nível médio de colesterol, o acompanhamento médico é importante para qualquer pessoa. Com exames de sangue prescritos pelos especialistas da área, há como manter um controle maior do composto gorduroso, seja com medicamentos (para aqueles que necessitarem) ou orientações relacionadas ao comportamento do paciente.
“Temos dois tipos de colesterol, o HDL e o LDL. O primeiro seria o que chamamos de colesterol ‘bom’ e requer um nível mais elevado no organismo , enquanto o segundo é o oposto. Ou seja, são dois lados da mesma moeda, que devem estar equilibrados. E é papel dos profissionais do setor de saúde auxiliarem a população nesse objetivo”, explica Julia Machline Carrion.
A área da saúde vem mudando de forma constante, especialmente por conta dos avanços tecnológicos. Por isso, a educação sobre temas como doenças cardíacas é tão relevante quanto uma consulta médica, podendo, literalmente, mudar o curso de nações inteiras no que diz respeito ao tópico.
Por exemplo, um estudo liderado pela médica Julia Machline Carrion e a epHealth avaliou que apenas 6,7% das pessoas que tiveram infarto ou AVC tomam estatinas, medicamentos utilizados para o tratamento do colesterol e para redução do risco cardiovascular. Feita em parceria com o Einstein e a Novartis e abrangendo mais de 2,1 milhões de indivíduos, a pesquisa ainda revela que 97,7% dos entrevistados não usam ácido acetilsalicílico, também mandatório para tratar essas enfermidades, enquanto 92,5% dos hipertensos não ingerem remédios para baixar a pressão.
Foram analisados dados da prática diária de agentes comunitários de saúde, que atuam no Brasil desde 1994, com a criação do Estratégia Saúde da Família, programa do Ministério da Saúde referência em outros países. “As informações obtidas diretamente do cotidiano da população trazem um retrato real da sociedade, que educa médicos, gestores e pacientes sobre como guiar as suas ações preditivamente”, afirma.
Quando a pessoa diminui os seus índices de gordura corporal, consequentemente ela também reduz os níveis de colesterol. Um dos caminhos para alcançar essa meta é por meio da prática de atividades físicas que promovem a queima de calorias e tem um impacto importante na saúde.
Julia Machline Carrion ressalta que a atividade física, muitas vezes, é associada somente à prática esportiva (como musculação, pilates ou futebol) ou atividades de lazer, quando, na verdade, pode fazer parte do dia a dia de forma natural (como o hábito de caminhar ou de subir escadas).
Não adianta praticar atividades físicas regularmente e ter uma dieta baseada em frituras e produtos industrializados. A escassez de alimentos orgânicos no dia a dia é prejudicial não só com a falta dos macro e micronutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, mas também com o aumento dos níveis de colesterol, decorrentes do acúmulo de gorduras saturadas e trans.
“Uma alimentação de qualidade vai além do prazer culinário ou estética. É um fator que possui um impacto gigantesco na saudabilidade do corpo humano. Não à toa, a imensa maioria dos tratamentos que visam a redução do LDL estão intrinsecamente conectados a uma agenda de refeições balanceadas”, destaca a especialista.
Por fim, é importante realçar que há outros hábitos saudáveis que ajudam a reduzir o colesterol no sangue. Além da prática de atividades físicas regularmente e uma dieta saudável, evitar o álcool, ou consumi-lo moderadamente, é um deles. O mesmo raciocínio se aplica ao tabagismo, uma vez que o cigarro é um dos grandes agentes causadores de doenças cardiovasculares, respiratórias e diversos tipos de câncer.
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