A obesidade infantil é um problema que está crescendo e despertando a preocupação de especialistas em saúde ao redor do mundo. Crianças e adolescentes com excesso de peso enfrentam riscos elevados de depressão, hipertensão e diversos outros problemas.
É bem conhecido que a alimentação das crianças pode ser desafiadora, e fazer com que elas se sentem para comer alimentos saudáveis pode ser uma conquista. No entanto, a verdadeira vitória na nutrição infantil é estabelecer hábitos alimentares saudáveis que perdurem ao longo da vida.
Diversos estudos publicados no periódico americano Pediatrics mostram que os hábitos alimentares infantis são consolidados no início da vida, e quanto mais cedo conseguir que as crianças comam alimentos saudáveis, melhor para a saúde delas a longo prazo. Além disso, a nutrição delas é fundamental para o crescimento, desenvolvimento e saúde.
Mas o que mães e pais devem ter em mente é que a alimentação deles deve ser um espelho daquela que desejam para os filhos. Portanto, não adianta esperar que tenham uma alimentação saudável se eles mesmos não adotarem hábitos saudáveis.
Muitas vezes a correria do dia a dia faz com que pais e mães não façam um planejamento antecipado para oferecer opções saudáveis, mas é fundamental que isso aconteça ainda na infância, pois a tarefa poderá ser mais árdua com filhos crescidos.
Você pode encontrar informações sobre alimentação infantil noGuia Alimentar para a População Brasileira. Produzida pelo Ministério da Saúde, a publicação traz orientações para a promoção de uma alimentação adequada e saudável, tornando-se um instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional no país. É possível acessar um conjunto de recomendações que ajudam a promover a saúde das pessoas, desde a escolha correta dos alimentos, até a forma ideal de combiná-los nas refeições.
Um estudo realizado nos Estados Unidos sobre o consumo alimentar com mais de 3 mil bebês e crianças mostrou que eles não comiam frutas (27%) e vegetais (32%), e que batatas fritas eram o “vegetal” mais ingerido. Entretanto, é importante destacar que diversas pesquisas mostram que quanto maior for a variedade de frutas e vegetais que uma criança come no primeiro ano de vida, mais chances ela terá para gostar destes alimentos.
Mostrar o caminho para uma alimentação saudável para as crianças e todos os benefícios que isso pode trazer, como o desenvolvimento cognitivo, é uma grande tarefa. Porém, existem estratégias simples que contemplam criatividade, ação, persistência, exemplo e rotina que podem tornar isso possível.
Veja, a seguir, 5 dicas que podem ajudar a ensinar uma criança a comer de forma saudável.
A variedade na alimentação das crianças é muito importante para o crescimento saudável. Às vezes elas podem rejeitar determinado alimento, como a beterraba, em um primeiro instante, mas isso não significa que ela não goste desse alimento. É preciso oferecer outras vezes, e, de preferência, combinar com outro alimento que seja do agrado da criança.
Variar alimentos e ingredientes em cada refeição ajuda a garantir que a criança receba ampla gama de nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento ideal. As diretrizes nutricionais da Academia Americana de Pediatria, por exemplo, recomendam alimentar as crianças com vegetais, frutas, grãos, laticínios com baixo teor de gordura (após os 2 anos) e fontes proteicas de qualidade, incluindo carnes magras, peixe, nozes, sementes e ovos. Fica a dica!
Ensiná-las a tomar decisões saudáveis e nutritivas, envolvendo-as no processo, aumenta a probabilidade de torná-las saudáveis na idade adulta. Uma ideia é levar a criança ao supermercado para que possa escolher algumas frutas ou vegetais. Torná-la parte do processo é fundamental para estabelecer hábitos duradouros. Outra maneira de inseri-la no processo é permitir que escolha pratos, copos e talheres divertidos durante o momento das refeições. Vale a pena tentar!
Mais fácil falar do que fazer, certo? Mas é possível e vale a pena. É importante para que pais e mães mantenham a calma, e não barganhem, inventando mecanismos que na verdade boicotam o desenvolvimento de um hábito novo, como por exemplo, usar a sobremesa como recompensa de um prato limpo. É legal interagir com a criança no sentido de que ela não precisa limpar o prato ou gostar de tudo, mas pelo menos experimente cada um dos alimentos do prato.
“Faça o que digo, não faça o que faço” não costuma funcionar muito bem com as crianças; especialmente quando se trata das refeições. Se você, por exemplo, tem o hábito de pular refeições, torna-se mais complicado fazer com que as crianças tenham horários regulares para comer. Ou até mesmo querer que comam frutas e verduras se esses tipos de alimentos não fazem parte de sua própria alimentação. Os pais devem comer regularmente, sentando-se para as refeições, e optando por uma ampla variedade de alimentos saudáveis para que o exemplo seja seguido pelas crianças de forma natural.
A correria do dia a dia e falta de apetite das crianças podem muitas vezes resultar em rotinas de alimentação que equivalem a algumas mordidas, uma única refeição completa, e passar por lanchinhos pelo resto do dia. Porém, uma rotina alimentar estruturada, que consista em três refeições e dois lanches por dia, pode tornar as coisas menos caóticas, manter as crianças bem alimentadas e ensiná-las que, se elas não almoçarem naquele momento, deverão esperar até a hora do próximo lanche.
Também é importante certificar-se de que cada refeição e lanche estejam repletos de alimentos saudáveis e integrais.
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