Os rins são responsáveis por remover os resíduos e o excesso de água do organismo, no entanto, quando adotamos alguns hábitos inadequados, essa sua capacidade é comprometida, afetando a saúde geral do corpo. Para se ter uma ideia, segundo estimativa da Organização Internacional World Kidney Day, cerca de 10% da população mundial tem alguma doença renal crônica (DRC), caracterizada por ser uma lesão com perda progressiva e irreversível da função dos rins.
Nesse sentido, deve-se evitar algumas práticas e adotar cuidados para manter a saúde do órgão, como destaca o médico Bruno Zawadzki, da DaVita.
A maneira como lidamos com a rotina pode afetar diretamente nossa função renal. A baixa ingestão de água, por exemplo, pode acumular solutos e formar cristais, que posteriormente resultam em cálculos renais. Por sua vez, o excesso de sal na alimentação sobrecarrega os rins e eleva a pressão sanguínea.
O controle do nível de açúcar no sangue (glicemia) e o monitoramento da pressão arterial são fundamentais, assim como a prática regular de exercícios físicos que auxiliam a manter o peso ideal. Isso porque diabetes, hipertensão e obesidade são apontadas como fatores de risco importantes para o desenvolvimento da DRC.
Abandonar o cigarro se configura como um dos principais passos para cuidar dos rins. “O tabagismo representa um fator de risco relevante para doença renal crônica, além de estar relacionado a diversas enfermidades”, explica Bruno Zawadzki, que completa: “Isso acontece porque os agentes químicos absorvidos chegam aos rins por meio da corrente sanguínea”.
Assim como o tabagismo, o diretor médico destaca que o mesmo acontece com o exagero no consumo de bebidas alcoólicas. “O álcool leva toxinas e componentes agressivos para os rins e fígado, pode causar hipertensão e evoluir para um problema renal”, completa Bruno Zawadzki, que também sugere evitar medicações de forma indiscriminada, especialmente sem recomendação médica.
Bruno Zawadzki também chama atenção para o ato de segurar a urina por muito tempo, pois, quando a capacidade de armazenamento da bexiga atinge um certo volume, o organismo cria alerta ao sistema nervoso. “Segurar a urina pode provocar infecção urinária e até favorecer o surgimento de pedra nos rins”, completa o especialista.
Diante de sintomas como alteração na cor e no cheiro da urina, insônia e presença de espuma na urina, é importante consultar um nefrologista. Os pacientes com comorbidades devem realizar anualmente o exame de creatinina e verificar se existe perda de proteína na urina.
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