A vitamina D é essencial para a manutenção da saúde óssea, a regulação do sistema imunológico e o funcionamento adequado do corpo. Ela é principalmente obtida por meio da exposição ao sol, mas também pode ser adquirida por meio de alimentos, como peixes gordurosos, ovos e laticínios fortificados, além de suplementos. A falta desse nutriente pode causar uma série de sintomas que afetam o bem-estar físico e mental.
“A deficiência subclínica de vitamina D, medida pela baixa concentração sérica de 25 OH Vitamina D, é muito comum atualmente, devido à menor exposição solar e uso de filtro solar. O que muitos não sabem é que a famosa ‘vitamina do sol’ é, conceitualmente, um hormônio, em função da capacidade de ser sintetizada integralmente pelo organismo e do fato de ter receptores específicos em diversos tecidos do corpo”, comenta a endocrinologista Thaís Vital.
A seguir, conheça os principais sintomas da deficiência de vitamina D !
Um dos primeiros sinais de deficiência de vitamina D é o cansaço persistente. A falta desse nutriente afeta a produção de energia no corpo, resultando em fadiga, mesmo após um bom descanso. Isso ocorre porque a vitamina D desempenha um papel fundamental no metabolismo celular, e sua ausência pode comprometer o fornecimento de energia às células.
A vitamina D é essencial para a função muscular, e sua deficiência pode resultar em dores e fraqueza muscular. Isso acontece porque ela está envolvida na absorção de cálcio, um mineral necessário para a contração muscular adequada. Dessa maneira, pessoas com baixos níveis desse nutriente podem sentir dores difusas nos músculos e até dificuldade em realizar tarefas diárias, como subir escadas ou levantar objetos.
A saúde óssea depende diretamente da vitamina D, que auxilia na absorção do cálcio e do fósforo, elementos essenciais para manter os ossos fortes. “Seu efeito no metabolismo ósseo consiste em aumentar a absorção duodenal de cálcio e agir diretamente no osso, participando do processo de mineralização […]”, explica Thaís Vital.
Assim, a deficiência desse nutriente pode levar a dores ósseas, especialmente na parte inferior das costas e nas pernas. Quando prolongada, pode, inclusive, resultar em osteomalácia, uma condição que causa enfraquecimento e amolecimento dos ossos.
Esse nutriente tem uma função importante na modulação do sistema imunológico, ajudando o corpo a combater infecções. Assim, quando há deficiência de vitamina D , o sistema imunológico pode ficar comprometido, resultando em maior suscetibilidade a resfriados, gripes e outras infecções.
Conforme a farmacêutica Paula Molari Abdo, o sistema imunológico é composto por uma série de células que mantêm a defesa do corpo, protegendo o organismo contra doenças e infecções causadas por agentes externos como bactérias, vírus e parasitas. Quando a imunidade está baixa, o corpo encontra dificuldade para se proteger, deixando o organismo mais exposto às chamadas doenças oportunistas.
A falta de vitamina D também pode impactar a saúde mental. Isso porque baixos níveis desse nutriente estão associados ao aumento dos sintomas depressivos. Isso ocorre porque ele influencia a produção de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor. Indivíduos com deficiência de vitamina D podem experimentar sentimentos de tristeza, ansiedade e irritabilidade.
Um estudo do The Journal of Nutrition avaliou que a baixa síntese ou a carência da vitamina D em crianças pode ter relação a problemas de comportamento na adolescência e, posteriormente, em depressão e esquizofrenia em adultos.
“A descoberta de metabólitos da vitamina D no líquido cefalorraquidiano em adultos saudáveis sugere que ela pode desempenhar um papel no desenvolvimento do cérebro e uma ação funcional no sistema nervoso”, complementa Paula Molari.
O diagnóstico da deficiência de vitamina D pode ser feito por meio de exames de sangue que medem os níveis do nutriente no corpo. Caso apresente algum dos sintomas descritos, é importante procurar orientação médica para confirmar os baixos níveis e discutir as opções de tratamento.
A exposição ao sol por pelo menos 15 minutos diários é uma das formas mais simples de obter a vitamina, mas, em muitos casos, a suplementação e ajustes na alimentação são necessários. “Somente 20% das nossas necessidades vêm da dieta. Os outros 80% são sintetizados pela pele por meio da exposição solar”, diz Paula Molari.
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