Criada em 1960 e inspirada nas tradições culinárias dos países banhados pelo Mar Mediterrâneo, como a Grécia, a Espanha e a Itália, a dieta que leva o nome do curso d’água conquistou o título de melhor plano alimentar do mundo pelo sétimo ano seguido, segundo o periódico norte-americano US News & World Report de 2024.
Mais adaptável e simples de ser seguida, a dieta mediterrânea apresenta diversos benefícios à saúde, entre eles a longevidade. Para a nutricionista clínica e funcional Dra. Gisela Savioli, além de proporcionar a prosperidade aos seus adeptos, este plano alimentar apresenta diversas vantagens ao metabolismo.
“Vale também ressaltar que não é uma dieta que destaca um certo grupo de alimentos. Nela, o padrão nutricional prioriza muito a comida de verdade, mais diversificada, inclusiva e sem ser restritiva. Justamente por isso é aplicável à rotina de todas as pessoas e é mais fácil de ser seguida”, explica a profissional.
A nutricionista afirma que a dieta mediterrânea já foi associada a diversos efeitos positivos para a saúde. Para ela, um dos principais motivos para ser considerada como um ótimo plano alimentar fica por conta da diversidade em seu cardápio, além de ser focada também no consumo de alimentos naturais.
“Ela oferece o aporte de nutrientes de que o corpo precisa para funcionar direito, bem como antioxidantes, fitoquímicos e compostos bioativos essenciais para prevenção e controle de problemas de saúde”, explica.
A Dra. Gisela Savioli, a seguir, também detalha alguns dos principais efeitos da dieta mediterrânea no metabolismo. Confira!
Ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas e derrames devido ao alto teor de gorduras insaturadas e antioxidantes.
É uma dieta rica em fibras e nutrientes que ajudam no controle do peso e na prevenção da obesidade.
A dieta mediterrânea ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina e a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis.
O consumo de alimentos ricos em antioxidantes pode ajudar na prevenção de certos tipos da patologia.
A dieta mediterrânea está associada a uma maior expectativa de vida e menor incidência de doenças crônicas.
A dieta mediterrânea pode ajudar na prevenção da depressão e no declínio cognitivo causado pelo envelhecimento.
Um dos principais pontos da dieta mediterrânea é o consumo de carnes magras, como peixes e frutos do mar. De acordo com a nutricionista, recomenda-se ingerir a proteína de 2 a 3 vezes por semana, especialmente as mais ricas em ácidos graxos ômega 3 (sardinha, atum e salmão). Apesar dessa indicação, aves e ovos também se encontram no plano alimentar. A carne vermelha, por sua vez, é consumida em uma baixa escala.
Além do foco em proteínas magras, a variedade é um lado importante da dieta mediterrânea, sendo indicado o grande consumo de legumes, frutas e verduras. Também estão inclusos grãos integrais, gorduras saudáveis, como azeite, nozes e sementes, laticínios, que devem ser consumidos com moderação, priorizando iogurtes naturais e queijos frescos, leguminosas, especiarias e ervas.
Indo além de um simples plano alimentar para beneficiar a saúde, a Dra. Gisela Savioli ressalta um ponto: a dieta não se resume ao que os nativos dos países mediterrâneos comem, mas também à forma com que eles fazem suas refeições.
“Gosto de dizer que não se trata de uma dieta e, sim, um estilo de vida. Comer em família, sentado à mesa, saber a origem dos alimentos, ter o hábito de cultivar a própria horta também influenciam a qualidade nutricional, a prevenção e o controle de doenças. Além de, claro, praticar atividade física”, finaliza.
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