> >
6 fatores de riscos para as doenças cardíacas

6 fatores de riscos para as doenças cardíacas

Cardiologista cita hábitos saudáveis para tratar e prevenir doenças que afetam o coração

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 16:13

Ícone - Tempo de Leitura 6min de leitura
6 fatores de riscos para as doenças cardíacas
6 fatores de riscos para as doenças cardíacas. (Shutterstock)

A saúde do coração é essencial para uma vida longa e saudável. As doenças cardíacas continuam sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, afetando milhões de pessoas anualmente. Desde a detecção inicial até os tratamentos avançados, a medicina cardiovascular tem feito progressos significativos, mas a prevenção e a conscientização ainda são as melhores armas contra essas doenças.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença cardiovascular. No Brasil, as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação são as principais causas de morte, representando 30% de todas elas. Segundo o Cardiômetro, indicador criado pela SBC, representam mais de 1.100 mortes por dia.

A compreensão dos fatores de risco, sintomas e métodos de prevenção das doenças cardíacas é crucial para reduzir a incidência dessas condições. Avanços na medicina cardiovascular têm permitido tratamentos mais eficazes e intervenções precoces, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Fatores de risco e suas implicações

Existem diversos fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas. Entre os modificáveis, podemos destacar:

1. Tabagismo

Fumar aumenta a pressão arterial, reduz o oxigênio no sangue e danifica as paredes das artérias , levando ao acúmulo de placas e aumentando o risco de aterosclerose. A cessação do tabagismo é um dos passos mais importantes para a prevenção de doenças cardíacas.

“É importante ressaltar que o tabagismo reduziu significativamente no Brasil nos últimos anos, especialmente entre os jovens, devido a grandes campanhas, legislações e ações governamentais. Devemos estar atentos às novas variações de cigarro que atraem a juventude, como os cigarros eletrônicos, cuja proibição foi ratificada em território nacional pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo Congresso Nacional”, diz o Dr. Renato Dauar, cirurgião cardiovascular.

2. Alimentação

Uma dieta rica em alimentos processados, gorduras saturadas e açúcares pode levar ao acúmulo de placas nas artérias. Optar por uma alimentação equilibrada, rica em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, pode ajudar a manter o coração saudável. Estudos mostram que dietas mediterrâneas e ricas em ômega-3 são particularmente benéficas para a saúde cardiovascular.

3. Sedentarismo

A falta de atividade física reduz a eficiência do coração e aumenta o risco de doenças cardiovasculares. A prática regular de exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e natação, é altamente recomendada para manter o coração forte e saudável. Exercícios regulares ajudam a controlar o peso, reduzir a pressão arterial e melhorar o colesterol.

4. Hipertensão

A pressão arterial elevada força o coração a trabalhar mais, aumentando o risco de ataque cardíaco e Acidente Vascular Cerebral (AVC). O controle da pressão arterial é fundamental para a saúde cardiovascular. A hipertensão é conhecida como “assassina silenciosa” porque muitas vezes não apresenta sintomas até que ocorra um dano significativo.

5. Colesterol

Manter níveis equilibrados de colesterol bom (HDL) e ruim (LDL) é crucial para a saúde cardiovascular , já que o colesterol alto pode levar ao acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de infarto. A dieta e, se necessário, medicamentos podem ajudar a manter os níveis de colesterol sob controle.

“Além da boa prática de exercícios, que pode influenciar significativamente, quanto mais fazemos exercício, mais sobem os níveis do colesterol bom (HDL), que exerce um papel protetor em relação ao LDL”, comenta o Dr. Renato Dauar.

6. Estresse

O estresse crônico pode levar a um aumento na pressão arterial e danos aos vasos sanguíneos. Técnicas de relaxamento, meditação e terapia podem ajudar a controlar o estresse e melhorar a saúde do coração. A gestão do estresse é vital, pois o estresse constante pode contribuir para comportamentos de risco como o tabagismo e a alimentação inadequada.

Histórico familiar e sexo

Além dos fatores citados acima, existem aqueles que não podem ser modificados, como a idade, a história familiar e o sexo. O risco de doenças cardíacas aumenta com a idade, e conhecer o histórico familiar pode ajudar na identificação precoce e prevenção. Homens e mulheres também apresentam diferenças em relação às doenças cardíacas, o que pode influenciar na abordagem preventiva e no tratamento. Homens tendem a desenvolver doenças cardíacas mais cedo do que as mulheres, mas o risco das mulheres aumenta após a menopausa.

Imagem Edicase Brasil
As náuses e falta de ar são alguns dos sintomas de alerta para doenças cardíacas. ( Theeraphong | Shutterstock)

Reconhecendo os sintomas e agindo rapidamente

Reconhecer os sintomas de um infarto e agir rapidamente pode salvar vidas. Os sintomas clássicos incluem dor no peito, suor frio, náuseas e falta de ar, mas também podem ocorrer dor nos braços, mandíbula, costas, tontura e palpitações. “Chamamos atenção, principalmente, para o cansaço ou falta de ar relacionados ao esforço mínimo”, comenta o Dr. Renato Dauar.

Ao perceber esses sinais, buscar ajuda médica imediata é crucial para minimizar danos ao coração e aumentar as chances de recuperação. A rapidez no atendimento pode fazer a diferença entre a vida e a morte, e é vital não ignorar os sintomas. Segundo a SBC, apenas 27% dos pacientes chegam ao hospital em até duas horas após o início dos sintomas, o que diminui as chances de recuperação.

Prevenção e hábitos saudáveis

A adoção de hábitos de vida saudáveis é essencial para prevenir doenças cardíacas. A prática regular de atividades físicas, uma alimentação balanceada, o controle do peso e a gestão do estresse são fundamentais para manter o coração saudável. Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e natação, são altamente recomendados, pois fortalecem o coração e melhoram a circulação sanguínea. Além disso, atividades de resistência e flexibilidade, como musculação e ioga, também são benéficas.

Segundo especialistas, a atividade física é uma das principais recomendações para aumentar a longevidade, diminuir riscos à saúde e manter a independência física com a idade. Além dessas recomendações é possível adotas alguns outros hábitos como:

Importância dos check-ups cardiológicos

Os check-ups regulares são fundamentais para a detecção precoce de problemas cardíacos. Exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico ajudam a avaliar a saúde do coração e identificar possíveis problemas antes que se tornem graves. A telemedicina também tem se mostrado uma ferramenta valiosa na cardiologia, facilitando o acompanhamento e o cuidado com pacientes cardíacos.

Consultas e monitoramento remoto permitem que os pacientes recebam orientação médica de forma conveniente e eficiente, contribuindo para uma gestão mais eficaz da saúde cardiovascular. Com a adoção de hábitos saudáveis e a realização de check-ups regulares, podemos reduzir significativamente a incidência de doenças cardíacas e aumentar o índice de diagnósticos precoces, reorientação médica dos riscos e a qualidade de vida das pessoas.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais