Sabemos que a transpiração é um processo natural do corpo humano. Porém, quem sofre de transpiração excessiva muitas vezes enfrenta situações desagradáveis, principalmente quando o suor vem acompanhado de mau cheiro, o famoso cecê.
A dermatologista Priscila Passamani explica que o suor por si só não tem cheiro e se caracteriza pela eliminação de água e sais minerais do corpo. “Quando o paciente se queixa de suor excessivo, podemos considerar um caso de hiperidrose, que é o aumento da sudorese local. Para este problema específico, há tratamento. A aplicação de toxina botulínica na região afetada é uma alternativa”, explica.
Já nos casos de suor com mau cheiro, a médica alerta que há outros fatores que precisam ser considerados e tratados para evitar o problema. “Transpiração acompanhada de mau cheiro não é normal. São os casos que chamamos de bromidrose”, afirma.
Segundo a dermatologista, o mau cheiro ocorre quando o suor entra em contato com bactérias presentes na pele. “Essas bactérias interagem com a umidade e a oleosidade produzidas pelo tecido cutâneo e, por isso, geram o odor que conhecemos popularmente como cecê", explica.
A médica lembra que há uma crença popular que misturinhas caseiras com limão, bicabornato de sódio e até o uso leite de rosas eliminam o odor nas axilas.
Para quem vai curtir o carnaval e costuma sofrer com o suor excessivo ou mau cheiro nas axilas, a dermatologista dá algumas dicas para evitar situações desagradáveis na folia.
Em um primeiro momento, é preciso identificar se o paciente sofre de hiperidrose e tratar este problema. Uma alternativa muito eficaz, segundo a dermatologista, é a aplicação da toxina botulínica na região. A toxina botulínica trata a hiperidrose inibindo a ação das glândulas sudoríparas e, consequentemente, diminuindo a produção excessiva de suor.
Lavar as axilas no banho e secar adequadamente também ajuda a manter a região limpa e livre da proliferação de bactérias que causam o mau cheiro. Em alguns casos, é indicado o uso de sabonetes antissépticos.
O desodorante deve ser usado todos os dias, após lavar e secar bem a região. A escolha do desodorante ideal deve ser feita analisando cada caso. Lembrando que não é recomendado usar antitranspirantes e nem desodorantes que contenham alumínio em suas fórmulas. Vale lembrar que é possível eliminar o odor sem bloquear o suor. O suor é involuntário, mas o odor pode ser evitado.
Outra dica é ter o hábito de esfoliar as axilas. Segundo a especialista, a região das axilas pode sofrer com poros obstruídos, pelos encravados e acúmulo de células mortas. A esfoliação regular ajuda a manter a saúde da pele e, consequentemente, evitar odores.
Manter a depilação em dia (sempre com cuidado para não causar lesões na região) ou aparar os pelos das axilas auxilia no controle do odor. Isso porque o acúmulo de pelos pode dificultar a higienização do local e favorecer também a retenção de umidade, tornando o local propício para as bactérias que causam o mau cheiro.
Assim como a pele do rosto e do restante do corpo, as axilas também precisam ser hidratadas, porém numa frequência menor. Escolha hidratantes específicos para região, que tenham PH neutro e utilize, no máximo, uma ou duas vezes na semana.
Muitas vezes não vemos a necessidade de colocar uma peça de roupa para lavar após o uso porque, aparentemente, ela está limpa e a transpiração no tecido não está visível, já secou. No entanto, ainda que o tecido seja leve e que você transpire pouco, partículas de suor vão acumulando na roupa e favorecem o surgimento do odor.
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