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Acroyoga: entenda a modalidade que deixou fotógrafa no ES paralisada

Acroyoga: entenda a modalidade que deixou fotógrafa no ES paralisada

Lindalva Firme Guedes caiu de uma altura de 1,5 metro, com a cabeça direto no chão, e agora sofre com tetraparesia e paraplegia. Especialista diz que acidentes com essa gravidade são raros

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 16:06

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Acroyoga
A atividade é uma junção de três práticas: yoga, acrobacia e massagem tailandesa. (Shutterstock)

A professora Talita Berlim Reis pratica acroyoga desde 2015 e é uma das responsáveis por divulgar a modalidade no Espírito Santo nos últimos sete anos. Ela explicou que a atividade é uma junção de três práticas: yoga, acrobacia e massagem tailandesa. A atividade ficou em evidência nesta semana após uma fotógrafa capixaba cair durante um movimento e ficar paralisada.

O exercício surgiu no começo dos anos 2000, em San Francisco, nos Estados Unidos, com o casal Jason Nemer e Jenny Sauer Klein. Hoje, existem diversas escolas ensinando a modalidade pelo mundo.

Na acroyoga sempre é necessário mais de uma pessoa para participar, geralmente uma faz a sustentação e a base, e a outra está erguida, "voando", como é o costume identificar. Segundo a Talita, é importante ter uma terceira pessoa como "cuidador" - também chamado de "anjo". Ela fica perto da dupla que está fazendo o movimento, para minimizar ou auxiliar no caso de queda.

A professora avalia que não são comuns acidentes como o da Lindalva, fotógrafa capixaba que ficou paralisada após um acidente num exercício. "Às vezes, acontecem quedas, mas até elas podem ser calculadas e minimizadas. Uma queda dessa gravidade é uma fatalidade. Em todos esses anos de prática, eu conheci apenas uma pessoa em Brasília que sofreu um acidente delicado", lembrou.

Ela reforça ainda que o risco de queda existe para as duas pessoas, mesmo para quem faz a base. "Até quem pratica há muitos anos, tem coisa que parece simples e na hora de fazer descobre que é difícil. É importante atenção e cuidado, respeitar os limites".

Para a professora, a acroyoga pode ser praticada por um público diverso e é um exercício completo, não apenas para o corpo. Mas é interessante que as pessoas interessadas na modalidade tentem fazer as posições progressivamente, ou seja, começando por movimentos menos complexos. E sempre procurar um profissional da área, claro.

Talita lamentou o ocorrido. "A acroyoga é uma prática bem bonita, que te desafia, trabalha a confiança, comunicação, consentimentos… Traz uma metáfora bonita das relações [...] Ficamos sabendo do caso em um grupo de praticantes da atividade e todos ficaram muito tristes".

O tratamento

Em casa há dez dias, Lindalva já começou o processo de reabilitação e está fazendo 1 hora de fisioterapia todos os dias. "Esse é o orientado porque a cirurgia ainda está muito recente, mas a intenção é aumentar, para fazer mais atividades durante o dia. Quanto mais, melhor", contou.

A fotógrafa disse também que está se adaptando à nova rotina em casa. "Tudo é novo, além da fisioterapia, uma cuidadora está me ajudando com as tarefas e estou começando a mexer no telefone".

Os avanços conquistados na reabilitação estão sendo compartilhados pelas redes sociais. A família também tenta ajuda para custeio do tratamento, que pode ultrapassar os R$ 170 mil, apenas em 2024. Com a repercussão do caso, a família recebeu alguns contatos de profissionais querendo ajudar e também estão tentando uma vaga no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes).

Lindalva pratica yoga há oito anos, é recém-formada como instrutora da atividade e se preparava para começar a dar aulas. Ela tem vivência na cultura, já foi para a Índia, estudou medicina ayurveda, mas ainda não havia praticado a acroyoga.

*Com informações da repórter Ana Elisa Bassi, do g1ES

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