Nome popular da miliária - uma dermatite inflamatória-, as brotoejas são erupções decorrentes da obstrução das glândulas sudoríparas. Basicamente, o suor fica retido no corpo e acaba formando as famosas bolinhas vermelhas de calor que aparecem no rosto, pescoço, axilas e regiões de “dobrinhas” dos bebês.
Como explica a dermatologista e diretora de Recursos Próprios da Unimed Vitória, Adriana Botti, que acontece é que são formadas pequenas rolhas na camada mais externa da pele, onde ficam as glândulas sudoríparas, o que dificulta a saída do suor. “Essa glândula, ao invés de expelir o suor para fora da pele, acaba fazendo a retenção do suor e formando essas pequenas vesículas”, detalha.
Com o surgimento das bolinhas, os pequenos também podem sentir ardência na pele, coceira excessiva e inchaço, o que desperta a sensação constante de incômodo. Ainda assim, a condição não é transmissível e pode ser evitada com a adesão de alguns hábitos como preferir ambientes mais arejados e vestir os bebês com roupas leves, como as de tecido de algodão.
Extremamente comum em épocas como o verão, a condição pode acometer pessoas de todas as idades, mas costuma ser mais frequentes em bebês porque a pele deste grupo ainda não está 100% formada. “Mas elas também podem ocorrer em outras fases da vida devido a algumas alterações da camada córnea, levando a obstrução da glândula associada ao aumento de sudorese, por exemplo. O uso excessivo de roupas sintéticas também favorece essa obstrução”, completa a dermatologista.
Além das brotoejas, outras doenças também são comuns em bebês e crianças no verão, o que reforça a necessidade de maior atenção à saude dos pequenos nos dias de calor. Vômitos, insolação e otites são algumas das condições que costumam acometer os mais novos.
A médica Mariana das Neves Barreiros, pediatra da Unimed Vitória, lembra que a exposição solar e a alimentação são pontos chave para evitar maiores problemas nos dias de calor. O excesso de sol e a procedência desconhecida de certos alimentos pode levar a situações de desconforto.
Como destaca a médica, bebês acima de seis meses só devem ser expostos ao Sol até às 9h ou após às 16h, quando a radiação não está tão intensa. Roupas com proteção UV e reforço da hidratação da pele após o sol também sao uteis para evitar queimaduras. “Aplicar protetor solar a cada 3 horas, sendo que, quando for entrar na água (mar e piscina), reaplicar o protetor”, lembra.
Outra observação para os momentos de mar ou piscina são os equipamentos de segurança. Coletes de espuma e boias são os melhores amigos da diversão. A dica quanto à alimentação é preparar refeições caseiras para os bebes, com bastante opções de frutas e água, transportados em potes térmicos.
A seguir, confira as dicas da pediatra Mariana das Neves Barreiros de como prevenir as principais doenças que acometem os bebês no verão:
O indicado é evitar ingestão de alimentos muito manipulados e de procedência duvidosa
Além de evitar exposição solar entre 9h e 16h, também é aconselhado evitar colocar os pequenos em atividades físicas muito, como o futebol. A reaplicação dos protetores solares a cada 3 horas e o reforço da oferta de líquidos para crianças também são bons caminhos
Evite deixar os pequenos com roupas de banho úmidas por muito tempo
A água transporta bactérias que infeccionam o ouvido externo e desencadeiam na infecção de ouvido. Os sintomas mais significativos são dor, sensação de que o ouvido está abafado, saúde de secreção amarelada ou esverdeada e ainda zumbido
Trata-se de germes que já vivem na pele aproveitam a umidades para se proliferar e estourar bolinhas avermelhadas pelo corpo, que podem progredir para bolhas de pus. Para prevenir, evite que a criança fique com a roupa úmida por muito tempo.
Evite o uso excessivo de roupas e aumente a frequência dos banhos. Também é indicado que o bebê permaneça em ambientes frescos e ventilados
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