O ator Bruno Gagliasso afirmou em suas redes sociais que contraiu dois tipos diferentes de vírus ao mesmo tempo: Covid-19 e Influenza A. O ator de 42 anos postou um resultado de exame e disse que ficará de repouso nos próximos dias.
Diante da repercussão do assunto, muitas dúvidas surgiram sobre o duplo diagnóstico. Afinal, será que ele é mesmo possível? Segundo a infectologista Rúbia Miossi, da Unimed Vitória, a resposta sim. "Trata-se da chamada coinfecção, que pode ser mais comum nesta época do ano, tendo em vista a grande circulação de vírus respiratórios".
A detecção da dupla infecção pode ser feita tanto pelo teste rápido (que pode detectar Covid-19 e Influenza A e B) quanto pelo exame PCR (que pode detectar Covid-19, Influenza, vírus sincicial respiratório e até outros tipos de vírus respiratórios).
No entanto, Rubia Miossi destaca que a dupla infecção não significa que, necessariamente, o paciente desenvolverá quadros mais graves das doenças. A atenção especial deve ser dada aos indivíduos que fazem parte dos grupos de risco, como imunossuprimidos, pessoas com problemas cardíacos e respiratórios, e idosos, entre outros.
Nesse contexto, a especialista pontua a importância da imunização. “Caso o paciente esteja devidamente vacinado contra os dois vírus, a chance de ele não ter nada grave, apenas uma doença leve, é muito alta. Se ele não for vacinado, o risco aumenta”.
Por se tratar de duas síndromes gripais, os sintomas são aqueles já conhecidos, a exemplo de coriza, espirros e tosse. Rúbia detalha que, atualmente, existem medicamentos próprios para tratar a Covid-19 (o Paxlovid) e a Influenza (Oseltamivir). “Ambas as medicações são gratuitas e disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas não existem indicações para que todos usem esses medicamentos, sem exceção. A indicação do uso específico é para pessoas que fazem parte dos grupos de risco. O mais importante, nestes casos, é seguir as recomendações e prescrições médicas”, recomenda a infectologista.
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