A cantora gospel Camila Campos, esposa do ex-jogador de futebol Léo, foi diagnosticada com câncer de mama em estado avançado e está internada para tratamento. Camila está grávida de sete meses de Sophia, primogênita do casal.
O comunicado foi feito por meio dos perfis de Instagram do casal: “Recentemente, após fortes dores, Camila foi diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado e precisou ser internada para tratamento; para quem não sabe, Camila também está grávida de 7 meses da pequena Sophia”, começa o comunicado.
Camila e Leo disseram que o diagnóstico é "assustador e desmotivante aos olhos da medicina", mas afirmaram estar confiantes na recuperação da cantora. "Nesse momento precisamos crer no que Camila sempre profetizou em suas ministrações e canções, crendo no poder da oração em Cristo Jesus e em uma igreja que se levanta em oração em favor dos seus irmãos no momento de luta", diz o texto.
O câncer de mama é uma multiplicação celular das células da mama, e nessa multiplicação acabam se formando células anormais, que se multiplicam formando esse tumor. A ginecologista e mastologista Thaissa Tinoco diz que o tumor é estimulado pelo hormônio do ovário. E quando há uma exposição prolongada a esses hormônios, há um risco maior de se desenvolver câncer de mama.
"Ou seja, quando uma mulher tem a sua primeira menstruação muito cedo e a última menstruação muito tardiamente, ela fica exposta ao estímulo hormonal mais tempo. Esse é um dos fatores de risco para o câncer de mama. Outro fator de risco é alteração genética, mas aí corresponde a menos de 2% dos tumores. O sedentarismo e a obesidade também estão ligados ao câncer de mama", diz.
O tratamento do câncer de mama em mulheres grávidas depende da idade gestacional da paciente. "No primeiro trimestre, sempre que possível, recomenda-se iniciar a terapêutica pelo tratamento cirúrgico. No segundo trimestre e início do terceiro trimestre, dependendo da indicação, podemos realizar cirurgia ou quimioterapia perioperatória", diz Juliana Alvarenga, do Ellas Oncologia.
A médica explica que a mulher grávida pode fazer quimioterapia. "A quimioterapia pode ser segura durante a gravidez se administrada no segundo e terceiro trimestres. No primeiro trimestre, não temos essa segurança. No entanto, obviamente, nem todos os quimioterápicos podem ser prescritos para gestantes. Aqueles que têm respaldo na literatura científica e se encaixam nos critérios mencionados podem ser oferecidos com segurança, tanto para a mãe quanto para o bebê", diz Juliana Alvarenga.
Segundo a ginecologista e mastologista Thaissa Tinoco, o tratamento de câncer em uma paciente grávida é bastante desafiador, pois além de tratar de uma mulher com diagnóstico de câncer, tem que cuidar também da vida do bebê no útero. “Queremos uma mulher tratada e um bebê que nasça com saúde. Para isso acontecer, é importante que a mulher seja acompanhada num centro de referência de tratamento oncológico com a atuação de uma equipe multidisciplinar".
A médica também ressalta que a grávida pode fazer quimioterapia. "Existem medicações específicas que não comprometem a saúde do bebê, principalmente no segundo e terceiro trimestres. No primeiro trimestre costuma-se evitar porque é o principal momento de formação do bebê", diz Thaissa Tinoco.
A mastologista ressalta que quando a doença é descoberta em sua fase inicial, o tratamento pode ser menos invasivo. Há tumores que são pequenos que às vezes podem ser tratados só com cirurgia e radioterapia, não necessitando que a paciente precise ser submetida a uma quimioterapia. "Quando mais cedo o câncer de mama for descoberto, menor é a chance da paciente morrer dessa doença e também de ser submetida a um tratamento menos invasivo", ressalta Thaissa Tinoco.
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